Capítulo 9

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Castelo de Chambord, França.

Em cinco minutos de consciência, Désirée se desvencilhou dos braços de Henry, ainda completamente atordoada pelo beijo.

A garota vira-se de costas para o príncipe, criando um silêncio ensurdecedor entre eles.
— Désirée? Por Deus, fale comigo. Seu silêncio me aflige. — Henry suplicou, atrás dela.

A princesa permanece calada por alguns segundos até dizer.

— Não devíamos ter feito isso. Estamos completamente encrencados. Você tem noção disto? — Désirée volta a olhar para Henry.

A expressão desesperada nos olhos da princesa, fez o inglês pensar se tudo tinha sido perdido.

- Tenho...

- Você sabe, também, que corremos o risco de termos sido vistos? E que esse foi nosso maior erro? - Désirée interrompe o garoto.

— Désirée, eu tenho plena consciência de tudo isso, mas asseguro-te que ninguém me seguiu enquanto vinha até você, assim como não considero como erro algo que estava desejando tanto. — Henry respondeu firmemente.

A garota suspira fundo, passando a mão pelos cabelos ruivos.

— Você estava desejando?

— Ora, Désirée, desde o momento que pus meus pés nesse castelo, não teve um dia que não a desejei.

Désirée é traída por seu coração que errou uma batida ao escutar o comentário do rapaz.

— E imaginei que a senhorita me quisesse também. — Henry pressupõe.

— Por mais que eu quisesse, não podemos. Você sabe disso. Existe um milhão de empecilhos entre você e eu. Além do mais, eu sou noiva.

— Você ainda não é noiva.

Désirée estava a um passo de um ataque de nervos.

— Mas vou ser. Não podemos, nem por todo desejo do mundo. Alianças e forças de poder sobressaem em qualquer coisa nesse mundo, ou melhor, no nosso mundo.

Henry não contestou. Não tinha o que ser dito, afinal de contas, ela realmente ficaria noiva a qualquer momento, existiam duas nações inimigas entre eles. Existia um noivado político. Ele não tinha mais argumentos, reprimiu a vontade de se auto estapear, pensando que deveria ter sido mais cuidadoso, que deveria ter esperado pelo momento oportuno, todavia, todo contexto fez com que ele tivesse sido tomado pelo desejo arrebatador de tê-la para si.

— Peço desculpas pela atitude, entretanto, não me desculpo por querer-te.

— De qualquer forma, isso sempre ficará apenas entre nós, nosso segredo que será enterrado junto com essa maldita atração. Se puder não contar a ninguém...

— Nem por um minuto, pense que eu falaria algo sobre isto, sabendo que a prejudicaria. Désirée, jamais faria nada que pudesse te atrapalhar. — Henry a interrompe.

A princesa apenas assentiu. Abaixando a cabeça por uns segundos, antes de voltar a encarar a imensidão azul que estava em sua frente.

— Obrigada. — se limitou a dizer apenas isso, deixando um beijo demorado na bochecha do príncipe, antes de sumir entre a escuridão do jardim, deixando um Henry sozinho, completamente absorto em seus pensamentos.

 — se limitou a dizer apenas isso, deixando um beijo demorado na bochecha do príncipe, antes de sumir entre a escuridão do jardim, deixando um Henry sozinho, completamente absorto em seus pensamentos

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