Capítulo 11

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[Nota da autora]: leiam as notas finais, por favor, é importante!!!

Castelo de Chambord, França.

Faziam algumas semanas desde que a corte inglesa havia desembarcado na França, os torneios ocorreram conforme esperado, muitas vitórias para Inglaterra, algumas para França e a Escócia, por sua vez, conseguiu se reerguer nas disputas quando James ganhou a última competição de tiro ao alvo contra Henry.

Foi uma ajuda divina, James sentia-se impotente em ver o príncipe inglês ganhando todas as partidas, e ainda por cima, cortejando sutilmente Désirée. Definitivamente, foi a retomada da autoestima do escocês.

A amizade de Henry e Désirée tinha voltado ao normal depois do encontro no riacho, apesar de sempre que ficavam sozinhos, a tensão era palpável, ambos gostariam de poder ser sinceros quanto aos seus sentimentos, mas optaram por esconder, quem sabe assim, um dia, magicamente, os sentimentos resolvessem evaporar.

Os ingleses tinham apenas mais uns dias no castelo francês antes de partirem para Inglaterra, a estadia fora estendida para que pudessem participar das festividades de encerramento do torneio, que seriam um grande banquete durante o dia, e a noite uma festa, no qual haveria disponíveis canoas para que amantes ou futuro amantes, pudessem desfrutar de um momento a sós, e claro, muita música e dança. Os franceses eram conhecidos pelo grande apreço por festas e cultura, suas comemorações eram sempre referência para as cortes dos demais países.

Henry estava se aprontando para o banquete, não tinha visto Désirée nos últimos dois dias, achou estranho, mas pensou que ela devia estar entretida com outras atividades. Por isso, estava um tanto ansioso para encontrá-la, o rapaz planejava desde o começo da semana, em se declarar para a menina no último dia antes que fosse embora.
Na esperança de que ela pudesse reconsiderar a ideia de casar com James, ela estaria livre para ele, e a Inglaterra continuaria indestrutível, assim ele matava dois coelhos numa cajadada só. Além do mais, seu pai estava querendo invadir a Escócia, só não tinha o feito ainda, porque Henry lhe pediu um tempo para que pudesse analisar o terreno antes de irem com tudo.

— Estaremos de partida no domingo, Alteza. — Lorde John anunciou ao entrar no quarto.

— Tudo bem, John. Não vamos precisar de mais do que dias aqui.

— Sua Majestade me enviou uma carta na manhã passada, preciso assegurar-lhe sobre os negócios?

— Evidente que não. Hoje, durante o banquete, irei apresentar algumas propostas ao rei Charles sobre produtos do Novo Mundo, e ainda tenho uma ás na manga para a noite das velas.

— Se me atrevo a ser intrometido, não teria nada a ver com a princesa, não é mesmo?

Henry bufou. Lorde John o tratava como se ele fosse colocar tudo a perder por causa de Désirée, sendo que ele nem mesmo sabia de tudo que tivera acontecido entre os dois durante a estadia.

— Ora John, desde quando princesa Désirée é um tópico que deve ser lembrado em negócios?

— Desde que ela é a futura rainha, e por mais bela que possa ser, ainda é uma francesa e vai agir como tal. São traiçoeiros e você sabe disso. Não se deixe levar pelos olhos dela, a única coisa que importa para eles, e para ela obviamente é poder.

— Não é o que todo monarca deseja?

— Não seja tolo, Henry. Você sabe do que estou falando.

— Eu entendo sua preocupação, mas lhe garanto que não existe a menor possibilidade que seja de princesa Désirée me ludibriar. O acordo com a França vai começar hoje.

Desejada Where stories live. Discover now