Capítulo 7

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Assim que as palavras saíram da boca de Draco, Hermione sentiu seu corpo inteiro gelar. Ela estava em sua casa?

- Eu pensei que você morasse em uma grande mansão com seus pais.

A expressão de Draco se apertou:

- Talvez quando eu era criança. Os tempos mudam, Granger.

Ela olhou ao redor da cozinha cavernosa, o formigamento quente de seu sangue ainda em sua língua e fixou os olhos na brilhante pia de prata:

- Por que você me trouxe para sua casa, então? Não é esse tipo de... - ela parou, a palavra certa não vindo tão rápido quanto ela queria. Seu sangue estava tornando difícil pensar direito.

Sua expressão permaneceu gelada:

- Entendo que agora você não pode começar a compreender todas as coisas que se espera que faça por mim, mas tentarei falar em pequenas palavras para que você possa entender. Você, - ele apontou para ela, falando em tom zombeteiro. - é para me manter - ele indicou a si mesmo. - seguro. Se pessoas más virem que você é quem me mantém seguro, eles vão te matar e eu não estarei mais seguro. Faz sentido?

Hermione estava atordoada, ofendida demais para ficar com raiva por um momento. Assim que sua raiva explodiu, porém, ela soube que era extremamente sortuda por ele ter tirado sua máscara; pois ela teria lhe dado um choque como o inferno fora dela. Tudo o que ela queria era voar até ele pela cozinha e rasgar sua garganta. Pelo menos ela poderia simplesmente sair correndo pela porta da frente e descobrir como voltar para Londres.

- Nem pense em tentar sair, não hesitarei em amaldiçoar você - ele perdeu a cabeça. Ele poderia ler sua mente ou sua expressão era apenas reveladora?

- Melhor manter sua varinha perto, então. Odiaria pegar você sem ela - ela estalou de volta, raiva queimando através da névoa que o sangue dele caiu sobre ela. Se ele queria ser desagradável, então ela poderia jogar esse jogo também, e bem. Afinal, ela quase quebrou o nariz dele alguns anos antes, e não era mais apenas com os punhos que ela estava armada.

Seus olhos se estreitaram sombriamente, mas ela observou com uma espécie de diversão doentia enquanto ele apertava sua varinha:

- Você nem percebe o quão sortuda você é por ser designada para mim, Granger.

- Que sorte eu tenho? - ela exigiu por entre os dentes, sua raiva flutuando ao redor dela em uma perigosa onda de magia. - Vamos trocar de posição então e ver o quanto você gosta de ser embalado como um bebê em um minuto para receber gritos e ser tratada como lixo no próximo!

- Se você acha que eu gritando com você é está sendo tratada como lixo, então você é ainda mais estúpida do que eu pensava!

- Por que você está sendo tão idiota? Estava tudo bem ontem à noite! - suas palavras saíram dela sem nenhum sinal de parar, o ar entre eles crepitando ameaçadoramente.

- Porque você quase se matou bem na minha frente! - ele rosnou de volta. Os dois se encararam, Hermione muito chocada com sua admissão e Draco aparentemente no mesmo barco enquanto toda a cor sumia de seu rosto.

Será que sua afirmação foi um erro frustrado, ou ele foi influenciado pelo crescente vínculo entre eles? Não era como se ela soubesse formalmente como influenciá-lo ou algo assim, mas talvez se ela quisesse algo ruim o suficiente, ele cederia. Era simples, ela queria saber por que ele estava sendo um idiota, e ele lhe disse. Tudo o que ela precisava fazer era perguntar.

Hermione recostou-se no balcão e observou sua expressão de perto. Por um momento, ele apenas pareceu chocado, então lentamente sua expressão escureceu até que ele ficou mal-humorado mais uma vez, beirando o beicinho. Ele estava calmo, porém, seu coração batendo de volta rapidamente para um ritmo normal.

Cinzas e Poeira - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now