Capítulo 25

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A luz fraca da noite pintou a pequena sala de estar em ouro e rosa. Hermione piscou atordoada para o teto e tentou contar quantas horas se passaram desde que Blaise e Theodore os trouxeram para lá. Supondo, ela pensou que talvez dezessete.

Perto de onde ela estava deitada de costas, a respiração de Draco era forte e segura. A qualquer minuto agora, ela sabia que ele acordaria. Mesmo que ele tivesse pedido para ela transformá-lo, ela não tinha ideia se ele seria amável quando acordasse. Para ser honesta, ela não tinha ideia do que iria acontecer.

Houve uma mudança ao lado dela e, em seguida, uma inspiração curta e rápida. Ela se sentou, empurrando o tapete macio com toda a sua força, apenas para descobrir que Draco já estava procurando por ela. A busca nebulosa e lenta de seus olhos era tudo o que ela precisava para saber que ele estava de volta.

- Ei, - ela respirou. - como você se sente?

Ele franziu a testa e, por um momento, tudo o que ele fez foi piscar para ela. Havia algo brilhante em seus olhos, mais do que quando ele era humano, e ela sabia que ele precisaria se alimentar em algumas horas de como suas pupilas incharam um pouco demais. Ela tinha certeza de que as dela estavam completamente pretas.

- Estranho - ele respondeu, e então sua testa franzida apertou ainda mais. Sua mão borrou quando ele estendeu a mão para a cabeça.

- Eu não estou ferido?

- Não. A mudança corrigiu qualquer coisa fisicamente errada com você.

Ele bufou:

- Ainda um idiota, então?

- Eu nunca disse isso.

Quando ele tentou se sentar também, ela o empurrou de volta:

- É melhor você ficar deitado um pouco. É realmente desorientador se você se mover muito rápido antes de estar pronto.

Sua mão borrou novamente quando ele agarrou seu pulso:

- Não fale comigo como se eu fosse uma criança.

Hermione estremeceu:

- Você está me machucando.

A descrença puxou sua expressão tensa:

- O que você quer dizer, eu estou machucando você?

Ela acenou com a cabeça para onde ele estava branco, juntando os dedos ao redor do pulso dela:

- Você é tão forte quanto eu agora. Talvez mais forte.

Lentamente, Draco soltou seus dedos um por um:

- Eu não sabia que poderia fazer isso.

- Provavelmente é melhor que você aprenda rapidamente. Não sei o que nos espera fora desta casa, e Blaise e Theodore me disseram para não ir embora até que eles voltem para nos buscar.

Os olhos de Draco se fecharam:

- Não me lembro como chegamos aqui.

Hermione disse a ele. Ela explicou tudo o que aconteceu, desde quando eles chegaram ao castelo até vê-lo acordar. O tempo todo, ele manteve os olhos fechados. A cada poucos segundos, sua mandíbula se contorcia, e ela temia que ele pudesse quebrar os dentes se não tomasse cuidado.

- Acabou, então? - ele finalmente perguntou.

- Eu não sei, - ela respondeu. - e não acho que saberemos até que alguém venha nos buscar.

Ele abriu um olho e encontrou o olhar dela:

- Dê-me uma mão?

Embora ela fosse cautelosa para não tocar a pele dele, Hermione o ajudou a se levantar em uma velocidade humana normal. A última coisa que ela precisava era que ele desmaiasse ou ficasse doente por se mover muito rápido. Ele estava rígido, mas conseguiu passar bem o suficiente com o apoio dela.

Cinzas e Poeira - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now