Capítulo 23

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Em um momento, Hermione estava simplesmente observando Draco e saboreando sua excitação de baunilha e mel, e no próximo, ela se viu empoleirada sobre ele. Levou duas batidas assustadas de seu coração para perceber que ela se moveu muito rapidamente ao redor da cama, agarrou-o e empurrou-o para o lado.

- O quê...?

- O vínculo, - ela ofegou, segurando as mãos no peito para mantê-las longe de sua pele. - é o vínculo. Eu sinto muito.

Seu coração desacelerou:

- Merlin, Granger, pensei que você finalmente iria me matar - com uma mão, ele pegou seu cotovelo e puxou. Hermione permitiu que ele a puxasse e ficou feliz por ter algum espaço entre eles. Respiração por respiração, seu cheiro se dispersou o suficiente para que ela não pudesse mais sentir o gosto de nada particularmente provocante.

- Acho que precisamos conversar, - disse Hermione. - sobre tudo.

Ele a encarou com um olhar suspeito:

- Ainda estou bastante exausto por você quase ter me drenado naquele beco. Agora não é a melhor hora...

- Eu preciso disso. Eu preciso falar sobre isso.

A expressão de Draco se comprimiu e sua boca pressionou em uma linha firme e reta, mas ele não falou, então Hermione respirou fundo e começou:

- Antes de Harry e Rony virem atrás de mim, e de termos aquela noite juntos na floresta, pensei que as coisas entre nós estavam mudando.

*****

Na sala de estar de sua tenda, Draco sentou-se o suficiente para colocar seus narizes a apenas alguns centímetros de distância:

- Eu quero que você faça isso. Eu estou pedindo. Theo disse quinze, chegamos a isso agora, Granger, talvez tenha passado disso. Vamos terminar isso antes que eu morra. Quero sentir isso antes de ir.

- Você não vai a lugar nenhum - ela respirou de volta, já avançando para correr o nariz ao longo da linha do pescoço dele. Ele a parou no caminho, porém, e em vez disso, seus lábios roçaram os dela. Assustada, Hermione recuou um centímetro, mas não mais. Draco a seguiu, falou tão suavemente que ela sentiu a respiração dele em seu rosto:

- Por favor. Nunca mais vou te pedir nada, Granger. Por favor, me dê uma coisa.

Quando ela não se afastou, ele se inclinou novamente. Quando seu beijo a envolveu, ela não se assustou. Em vez disso, com a mão dele do lado de fora da coxa dela, ela também se inclinou para a frente.

Os lábios de Draco eram tão quentes, surpreendentemente, e Hermione não pôde deixar de suspirar nele. Havia algo de reconfortante nisso e, embora fosse bom, também a assustava um pouco. Isso era originalmente o oposto do que ela queria. Ao longo do tempo que passaram juntos, porém, e do tempo separados, ela descobriu que queria isso. Ela o queria.

- Morda-me - ele respirou contra seus lábios, e uma atração irresistível para fazer o que ele pediu agarrou-a profundamente. Ela queria.

Cuidadosamente, Draco colocou a mão em volta do pescoço dela e a segurou enquanto a puxava para trás e a guiava até seu pescoço. Ela ficou tensa brevemente, um flash da última vez que ela esteve em sua garganta passando por sua mente, mas ele foi rápido em acalmá-la com palavras doces e apertos encorajadores.

- A última vez foi apenas... - ela prendeu a respiração. A visão de seu rosto e peito manchados com seu próprio sangue fez seu estômago revirar e sua boca salivar.

Entre as mãos dela, ele acenou com a cabeça:

- Eu sei. Estou pedindo desta vez, Granger. Você tem minha total permissão.

Cinzas e Poeira - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now