Capítulo 17

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- Eu realmente tenho que ir?

Do outro lado da sala, Draco olhou para cima de onde estava meio curvado sobre a coleção de poções dela:

- É o único jeito.

Eles já tiveram essa conversa várias vezes nas horas que antecederam a próxima transferência, mas sua resposta nunca vacilou. Foi por desespero que ela se levantou e caminhou até ele, com as mãos nos quadris e os cabelos eriçados em volta da cabeça:

- Preciso que você seja completamente honesto comigo.

- Sempre.

Seus olhos se estreitaram:

- Por que você está deixando eles me levarem para longe de você?

Os ombros de Draco caíram, e ele soltou um suspiro exasperado:

- Granger, eu fui honesto com você, - ele insistiu. - é melhor que aconteça antes que nosso vínculo esteja completo, de qualquer maneira.

- Mas você disse que tínhamos que ser vistos juntos na celebração, - ela argumentou. - esse era o objetivo da noite passada e agora nós estamos...

Draco a cortou:

- Esse era o plano originalmente, sim, mas as coisas mudaram. Acredito que este seja o momento certo para que você se mude. Uma festa estúpida e elegante não é outra coisa que você deveria suportar.

Era estranho para ela olhar para ele em vez de para cima, mas ele não se moveu do chão onde ficou de joelhos, as mãos espalmadas sobre os frascos de poções como se os estivesse contando; outra coisa que ele já havia feito várias vezes. Os músculos ao redor de seus olhos se contraíram:

- Por favor, não torne isso mais difícil do que já é.

Suas mãos caíram, derrotadas, ao lado do corpo:

- É mesmo difícil? Não parece que é.

A máscara do Coronel caiu pela metade enquanto Draco se levantava lentamente, seus movimentos ágeis e graciosos, e ele disse:

- Você não tem ideia de como isso é difícil para mim - em toda a sua altura, ela teve que inclinar a cabeça para trás apenas para olhar em seus olhos. Eles estavam separados por apenas dez centímetros. Se ela provasse o ar muito profundamente, ela sabia que seus peitos iriam se tocar.

- Descreva para mim? - ela sussurrou.

Delicadamente, Draco estendeu a mão e traçou a ponta de seu dedo em sua bochecha, deixando um rastro emocionante. Ele inclinou a cabeça curiosamente:

- Você já quebrou um osso?

- Meu pulso no primeiro ano.

O canto de seu lábio se curvou em um quase sorriso:

- É assim que me sinto sabendo que em uma hora você não estará mais comigo. Entendo que fui... - ele fez uma pausa, apertando os olhos enquanto olhava por cima do ombro dela. - rude quando me designei para você. Áspero, mas não prejudicial, espero - ele encontrou seus olhos novamente, sua expressão suplicante.

Ela acenou com a confirmação:

- C-Certo. Você fez o que pôde por mim sem colocar nenhum de nós em apuros. No geral.

Seu dedo traçou a mandíbula dela antes de enrolar uma mecha solta de seu cabelo em torno dela:

- Ao fazer isso, enviar você para Potter, espero que você aceite isso como uma espécie de pedido de desculpas.

Cinzas e Poeira - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now