Capítulo 22

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O olhar intenso de Draco não ajudou em nada os nervos de Hermione enquanto ela fazia o seu melhor para respirar disfarçadamente através de sua ansiedade. Sugerir que eles fugissem era arriscado, ela sabia, mas que outra escolha eles tinham? Pelo que Draco havia dito, eles estavam praticamente mortos.

- Eu entendo que você não tem vínculos com ninguém...

- Errado, - ela interrompeu, com a voz trêmula. - estou amarrada a você agora.

Suas bochechas ficaram rosadas, embora ele rapidamente recuperasse a compostura.

- Você não tem família, - ele corrigiu. - eu tenho. Eu tenho meus pais e meus amigos e suas famílias para pensar. Se fugirmos, eles não terão chance de sair antes que o Lorde das Trevas chegue a Hogwarts.

- Deixe-me deixar algo perfeitamente claro. Se eles estiverem presentes e onde o Lorde das Trevas puder encontrá-los, eles serão forçados a lutar. Minha mãe não está em condições de participar de nenhuma batalha.

Hermione zombou indignada:

- Não é minha culpa que você não pensou em tirar todos os seus pais antes que ficasse ruim o suficiente para tornar tal coisa impossível.

Os olhos de Draco brilharam perigosamente:

- Talvez não, mas é muito sua culpa que agora estamos ligados.

Engolindo em seco, Hermione se levantou para ficar de pé e caminhou até ele, seu corpo se movendo com a graça antinatural do que ela era. Quando ela estava ao seu lado, ela pressionou a mão contra a frente de seu ombro:

- Eu posso forçá-lo, você sabe. Usar o vínculo para fazer você esquecer todos eles...

- Se você tentar, eu me mato.

Parecia que ele a havia golpeado fisicamente. A verdade em suas palavras era nítida e exata enquanto mergulhava nela. Eles estavam em um impasse.

- Se não nos movermos nas próximas horas eles vão nos encontrar, - Draco continuou casualmente. - sugiro que aparatemos para minha mansão e saiamos com minha mãe a reboque.

Um arrepio percorreu a espinha de Hermione ao pensar em tentar esconder não apenas Draco, mas também Narcisa. Ela balançou a cabeça:

- Não há tempo.

- Merda.

Hermione soltou um silvo áspero quando ela se virou para ele:

- Você está sendo irracional.

Draco soltou uma risada seca:

- Não, Granger, eu estou sendo humano. Obviamente você esqueceu sua própria humanidade.

Quer fosse o novo estado de seu vínculo ou sua mágoa não resolvida apenas na noite anterior, Hermione se virou, o cabelo ondulando para trás, e ela o agarrou com as duas mãos. Com ele trancado em sua cadeira, e ainda fraco por ela tomar muito sangue, houve um lampejo de medo que passou por seus olhos. Com aquele olhar em seus olhos, ela sentiu a mais nauseante sensação de orgulho invadi-la.

- Não se atreva a falar da minha humanidade, Draco Malfoy. Ainda sou mais humana do que você jamais foi.

Seu olhar vacilou, e ela tirou as mãos antes de realmente machucá-lo:

- Podemos concordar em discordar, se você preferir, mas se nós dois vamos sobreviver a isso, então precisamos nos mexer.

Draco gesticulou para si mesmo:

- Eu não estou em condições de viajar, Granger. Acho que ainda não consigo ficar de pé sozinho.

Depois de uma respiração profunda, aliviando a tensão, Hermione estendeu a mão:

Cinzas e Poeira - TRADUÇÃOWhere stories live. Discover now