*Trilogia Irmãos Mafiosos*
Após ver a mulher que desejou por longos três anos se casando com seu irmão, Dante Mancini se ver ameaçado pela máfia inimiga. A fim de proteger a mulher da sua vida, o segundo filho da grande máfia Mancini é obrigadao a c...
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Mia Munhoz Mancini
Acordo sentindo uma dor insuportável no braço. Olho para o meu corpo e pareço estar em um hospital, há vários aparelhos. Observo tudo com cautela. Os Mancinis não me levariam a um hospital, seria perigoso demais.
Analiso as paredes e mesmo com dificuldade me viro, não acreditando na visão à minha frente. Dante está dormindo completamente sem jeito na cadeira de acompanhante, seu corpo é grande demais para uma cadeira dessas.
Olho a forma como seus cabelos castanhos estão jogados pelo rosto, seu semblante é de puro cansaço. Encaro seu nariz, seus lábios grossos bem delineados pela barba e sem perceber em um ato impensável, me vejo tocando-os.
Ele até parece uma pessoa legal, confessa Mia! (escuto meu subconsciente dizer de forma nada pura.) Olhando assim, passo meu polegar por sua barba e volto a delinear seus lábios. Posso até concordar com essa loucura.
Que ironia do destino. (Forço um sorriso frio.) Sou casada com esse homem, e... ele é bonito, atraente... perigoso.
Talvez se as coisas ao seu lado não fossem tão complicadas, se não houvesse máfia, ou vingança... O que está pensando Mia? Pensamentos me invadem e me vejo questionando as coisas mais improváveis. Como seríamos se não tivéssemos tudo isso? Será que ao menos iríamos nos encarar?Ou estamos fadados a ser inimigos desde o princípio?
-Não que eu me incomode de ser admirado, mas não pode forçar seu braço. (Sinto meu coração pular de imediato e volto ao meu lugar. (Puta merda, Mia!) Bom dia!
-Bom... (respondo sentindo a vergonha me atingir em cheio. Sem fraquezas Munhoz!)
-Não se preocupe, não vou perguntar o que estava pensando, não sei distinguir quando quer me matar ou fuder. (Ele dispara e puxa a cadeira ficando na minha frente.) Temos algumas coisas para conversar.
Sua ligeira piada finaliza com essas simples frases e um tom de desaprovação, acorda Mia, esse sim é o Dante que conhecemos, um idiota, babaca, nada atraente.
-Eu não acho que tenha algo para falar com você.
-Eleanor, eu preciso que me ajude. Se não me contar exatamente o que aconteceu, como posso me vingar? Por pouco o Antony não se foi, ele é um dos meus homens, tenho uma honra para zelar.
- É claro, o Antony! (Sinto um aperto no peito, uma fúria surge de forma avassaladora e me vejo semicerrando os dentes. O que você espera do Dante, Mia? -Me repreendendo de imediato.)
- Preciso que me conte, o que falou da Anna...
-Então essa é sua preocupação? Que eu acabe me vingando daquela vagabunda? Não obrigada, meus objetivos são muito maiores do que ficar brigando com uma qualquer por conta de macho. Você não merece o esforço.
-Eleonor, dar para você ao menos uma vez me escutar.
-Não, não dá! Você quer saber o que houve? Aquela mulher não veio atoa para Itália, eu a investiguei. (Ele me olha surpreso) Sim, já sei das suas fodas com a filhinha de papai, e pouco me importa. (Se não, por que seu sangue não para de ferver? - Meu inconsciente grita e ignoro.) O homem quem comandou aquela noite foi seu capanga Romeu. O mesmo trabalha para a contadora dos Mancinis.
