Capítulo XXXVII

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Dante Bianchi Mancini

Dante Mancini, o que fez até agora? Viveu na sombra do seu pai a vida inteira, a pouco tempo foi apenas um lacaio do Mattia e agora está na sombra da sua esposa. Será realmente que eu sou digno de um título de Dom, com esse histórico deplorável?

Eu não deveria ser um dos nomes mais grandiosos da Italia? Onde chego as pessoas me veem como um marco histórico, mas que porra eu estou fazendo para isso? Esmurro a parede sentindo a dor latejar entre os nós dos meus dedos.

Essa história já se arrastou demais, ninguém ousa tratar a Isabella como tratam a Mia, e olha que por ela não ter sangue italiano, isso é realmente uma grande conquista e por que tratam a Eleonor dessa forma, eu realmente não apresento metade dos riscos que o Mattia possui, e isso é totalmente minha responsabilidade.

Está decidido, não vou ser um idiota babaca e deixar um filho da puta qualquer passar por cima de mim, quem fez isso não tem medo e nem receio de mim e do que posso fazer, por que realmente sempre fi o impossível que mata e pronto, nunca fui o cretino egoísta, ou frio calculista, apenas tenho feito a minha parte. Mas ela já não é o suficiente!

Saio do banheiro com a minha cabeça a mil, eu não posso continuar assim, não se eu quiser estar ao lado de uma mulher tão foda quanto a Eleonor, ela pode ser a mafiosa que quer, eu darei a ela o suporte que precisa para isso, mesmo que ela não ache que precisa.

Visto apenas uma cueca e sigo para cama, vendo a Eleonor deitada.Essa mulher realmente sabe como surpreender um homem, sua garra esses dias foi surreal. É melhor eu não dizer mais nada, eu posso fazer as coisas se tornarem surpreendente também.

Aproveito sua posição de costas e a puxo para mim.

-Eu preciso dormir, Dante. (Ela fala com a voz cansada.)

-Não se preocupe, a deixarei dormir. (Coloco uma das minhas mãos em sua coxa e a outra passo entre seu pescoço e travesseiro.)

O silêncio cobre o quarto e em minutos ela parece dormir tranquilamente, no entanto eu não posso fazer os mesmo, meus pensamentos estão acelerados, minha mente está em uma guerra psicológica que nem mesmo eu posso pará-la.

As coisas podem piorar com esse seu novo cargo, ou melhor, com toda certeza vai, se esse palhaço é realmente tão ruim, ele não ficará parado vendo sua inimiga acender, e eu não posso permitir que isso se arraste para longe demais.

Fecho os olhos e deixo o cansaço das últimas horas me consumir, eu acho que sei o que fazer, é desconfortável fazer isso, mas acho que já passou da hora de colocar tudo que o Miguel Mancini ensinou todos esses anos em prática.

Acordo sentindo o corpo da Eleonor se afastar, olho a janela e a claridade já entra no quarto.

-Bom dia, eu não quis acordar. (ela me olha culpada e apenas sorrio)

-Você não acordou, mas poderia. (sorrio de lado vendo seus olhos observarem meu peito nú, isso que é o mais legal dessa história sentir o poder que tenho sobre ela, pelo menos nessa área eu posso me garantir.)

-Sem conversinha boba essa hora da manhã, seu pai já me convocou.

-Mas já? (Encaro seus olhos não acreditando, por que ele está tão ansioso?) Seu julgamento foi ontem e ele já quer você assumindo?

- Se quiser reclamar, é só encontrá-lo. (Ela debocha revirando o olho e vai ao banheiro.)

Esse velho tem algum plano por trás de tudo isso, se existe uma raposa de nove caudas na Itália, ela com toda certeza se chama Miguel.

-Possa ser que as coisas mudem um pouco a partir de agora, acho que não terei tanto tempo para brincar com você. (Ela surge interrompendo meus pensamentos, a olho e seu corpo está apenas enrolado a uma toalha branca.)

Irmãos Mancini - Dante (DEGUSTAÇÃO)Where stories live. Discover now