Xiao Zhan, um dominador e neurocirurgião bem peculiar de 29 anos, nunca imaginou que um pedido despretensioso feito para uma chuva de meteoros na noite de seu aniversário fosse lhe fazer acordar em uma outra realidade, ocupando o corpo de uma "versã...
Capítulo revisado, mas pode conter erros. Por favor, nos avise caso os veja.
NÃO ESQUEÇAM DAS ESTRELINHAS E COMENTÁRIOS!!!!!
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Sabe aquele dia em que tudo desanda, pois é, assim tem sido todos os meus dias desde que sai do apartamento de Zhan como uma massa de pão esquecida, estragada, azeda, cinza e sem perspectiva de ir para uma vitrine.
O chá de ervas que eu estava preparando virou sopa de ervas, o infusor quebrou à minha pouca delicadeza, os biscoitos tinham um sabor bom, mas o formato era medonho. Ao lavar a xícara para preparar um novo chá quebrei a bendita ao derrubá-la na pia, ao juntar os cacos da porcelana consegui cortar meu dedo. Para que eu não botasse fogo na cozinha da padaria, resolvi que deixaria ZiYi preparar o próprio chá.
Coloquei uma luva e comecei a confeitar alguns cupcakes, minha mãe estava muito apurada com uma encomenda de última hora para um aniversário, que só pegou porque eu estava de volta, no fundo, acho que ela queria me manter concentrado em alguma coisa que não fosse minha melancolia reprimida. Cheguei em casa com Haikuan me trazendo no colo, me sentia acabado, não tinha forças para me lamentar ou chorar, acabei comigo em um dia e meio, após juntar os poucos pertences que tinha na casa de Zhan, segui sem rumo específico.
No dia subsequente retornei a cozinha, fingindo que tudo estava bem, fui um desastre, atrapalhei mais que ajudei, por sorte Shizui me cobriu. Minhas habituais receitas saíram duras ou faltava algum ingrediente, fiquei completamente distraído e com os desperdícios sendo reaproveitados em outros produtos, decidi que ficaria no salão, limpando, porque minha cara estava assustadora para atender clientes e no escritório seria um inútil.
Haikuan sabia do meu drama 'conjugal', não revelei todos os detalhes, mas ele soube que o principal motivo envolvia sexo. Era engraçado pensar que no início nos dávamos bem e nos encontramos exatamente nesse ponto, e agora era algo que nos separava.
Separava... Droga! Eu não conseguia pensar havermos nos separado por isso, não queria encarar como um término, mas Zhan não me disse nada, não me impediu, apenas ficou sentado naquele sofá como um topo de bolo impresso em papel de açúcar. Embora fosse eu que sentia que se chorasse iria derreter inteiro e ficar por dias como o rejunte daquele azulejo no chão.
Nos filmes de Cheng os términos diferiam, o casal se matava de chorar, berrava e implorava como um filhote de leitão desesperado para o outro ficar. Xiao Zhan não estava disposto a isso, ou minha fracassada vida amorosa foi muito superestimada, e me iludi sozinho. Mesmo pedindo que ele me esperasse, não obtive nenhuma resposta, talvez já estivesse nos braços de outra pessoa...
