Its real... she knows!

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Quinta-feira, Priscila saiu bem cedo antes
mesmo de suas amigas, que dormiam em
colchões de ar no chão, e saiu de casa. Ela
passaria na casa de seus pais antes de ir para o trabalho. Quinta e sexta eram os dias mais corridos de sua vida, é quando ela mais tem trabalho para fazer. E hoje sairia mais cedo, pois iria ver sua mãe.

Adriana aparentemente estava com saudades da filha. Priscila pegou sua bolsa e trancou a porta, Malu sabia onde a chave reserva estava. Entrou em sua kombi e jogou a bolsa no banco ao seu lado, olhou pelos retrovisores se certificando de que não havia ninguém antes de manobrar e sair dali. Ligou o rádio e o deixou em volume médio. Por alguma obra do destino, ou não, estava tocando uma música do One Direction.

Ela sorriu, lembrando-se
instantaneamente de Carolyna. E por falar nela. Priscila tinha cada vez mais certeza que sua identidade estava prestes a
se revelar. Não era a primeira vez que Carolyna lhe mandava indiretas. Estava curiosa para saber o que a jovem garota aprontava e qual eram seus planos para descobrir quem era Cléo.

Avistou a casa de seus pais, uma típica
casa de família em estilo Vitoriana. Priscila
adorava aquela casa, era espaçosa, não era
enorme, mas grande o suficiente para abrigar sua família. Ela lembra do esforço que os pais fizeram para conseguirem transformar a casa no que eles sempre quiseram. Priscila estacionou em frente a porta da garagem, saiu do carro e foi em direção a porta com o celular em suas mãos. Estava respondendo a mensagem de Malu, que perguntou onde ela tinha se enfiado.

- Mamãe? - Priscila chamou após guardar seu celular no bolso e abrir a porta. Ouviu vozes vindas da cozinha e foi até lá. - Cheguei.

- Tudo bem, Fernanda, depois nos falamos. -  Adriana despediu-se da pessoa no telefone e o colocou no gancho, sorrindo foi até Priscila com os braços abertos. - Meu amor. - Priscila sorriu para a mãe e envolveu-a pela cintura, deitando a cabeça no colo de Adriana.

- Estava com tanta saudade que agora quer
me sufocar? - Priscila perguntou abafado, pelo fato de sua mãe estar a apertando com força. Adriana riu e soltou a filha, que beijou sua testa antes de se afastar totalmente.

- Você não vem me ver, some por semanas.
Estava com saudade sim, e preocupada.

- Eu estou bem, mamãe. - Priscila esticou a mão para pegar um dos biscoitos sobre o balcão e recebeu um tapinha de Adriana. - Só um. - Desviou da mão de Adriana e pegou um biscoito, recebendo um olhar severo em troca. Ela sorriu e levou o biscoito até a boca, mordendo um pedaço.

- Com anda seus empregos? Ainda
trabalhando à noite? - Priscila assentiu e
recebeu um olhar preocupado de Adriana, ela odiava que Adriana trabalhasse em boates porque voltava muito tarde para casa. - Hm.

- Sabe que me cuido, coroa. - piscou para a
mãe. - Conheci uma garota. - Priscila aproveitou a distração de Adriana em
vigiar algo que estava no forno e pegou mais um biscoito.

- Mais uma daquelas assanhadas? Priscila!
Para de comer os biscoitos! - Priscila fez sinal de rendição, terminando de
mastigar rapidamente.

- Essa é diferente. - Comentou recostando-se
no balcão. Adriana ficou de pé corretamente e olhou curiosa para sua filha. - O que foi?

- Você está apaixonada? - Priscila pressionou os lábios, todo mundo dizia aquilo, mas ela nunca negou ou concordou. Sua mãe se aproximou dela, sem desviar o olhar de seu rosto. - Olha para mim... Eu jurei que nunca veria esse dia.

- Hã... Eu... Ela é incrível, Mãe.

- Quando vai trazer ela aqui para me conhecer oficialmente?

- Nós não namoramos.

Secrets Of A Heart Where stories live. Discover now