She Will kill me

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Mais uma segunda-feira, mais uma manhã
em que Priscila não sentia a mínima vontade de levantar da cama. Por sorte era seu dia de folga adiantado, mas isso não significava que ela não teria que levantar cedo.

Precisava ir pagar algumas contas e levar sua Kombi na oficina do Gabriel para trocar o volante por um mais macio. E também ela passaria em alguma loja de moveis.

Iria comprar um colchão novo para colocar
em seu carro. Não que fosse porque Carol
tinha falado, era porque ela já pretendia
mesmo.

Seu dia seria um pouco corrido pela manhã, e ela queria ir logo para poder ficar com o resto do dia livre. Mas ela estava com tanta preguiça até de respirar.

- Ai que preguiça... - Resmungou virando-se
de bruços, seu rosto pressionado contra o
travesseiro. Estava prestes a voltar a dormir quando ouviu alguém tocar a campainha de sua casa. Ela levantou a cabeça, um pouco assustada. - Quem ousa ir à casa de alguém uma hora dessas da manhã? - A campainha foi tocada mais algumas vezes e ela bufou, sentando-se na cama para calçar seus chinelos. - Já vai! -
Gritou para que a pessoa parasse de tocar a
campainha.

Correu até o banheiro e lavou o
rosto, deu um jeito qualquer em seus cabelos e escovou os dentes. Seus pés estavam sendo praticamente arrastados pelo chão. Priscila abriu a porta prestes a xingar quem quer que fosse, mas se calou ao ver Elana, uma comissária de bordo que Priscila conheceu quando viajou com seus pais para Nova York no inicio do ano.

- Priscila! - A loirinha exclamou praticamente se pendurando no pescoço de Priscila.  A hispânica deu alguns passos para trás por causa do impacto, estava um pouco aérea por ter acabado de acordar e queria entender muito bem o que aquela garota estava fazendo ali. - Quanto tempo. -
Realmente, Priscila pensou um tanto
apavorada por ter aquela garota grudada a si.

Queria apenas afastar-se dela e correr para o outro lado da sala. Tinha meses que não via ou ouvia falar de Elana, elas tiveram apenas alguns encontros casuais - que foi de grande parte apenas nos quartos de hotéis em que a comissária de bordo se instalava quando fazia escala em Miami. Além do mais, Priscila tinha lhe levado em sua casa apenas uma vez antes de perder qualquer contato com ela.

- Ah... Realmente, bastante tempo. - Priscila
respondeu meio sem jeito, deu dois tapinhas nas costas de Elana e afastou-se dela devagar. - Voltou a ter escalas em Miami?

- Sim. - Sorriu. - Decidi vir te fazer uma
surpresa. - Elana murmurou com a voz um
pouco mais rouca, Priscila engoliu a seco
ao ver a face feliz se tornar algo como um
predador faminto. Ela conhecia aquilo e sabia exatamente o que a garota tinha ido fazer ali. - Eu senti muitas saudades.

Os olhos de Priscila focaram nos lábios
rosados da loira enquanto ela andava para
trás, Elana usou o pé para chutar a porta antes de caminhar em direção a hispânica. Fodeu muito, Priscila pensou apavorada ao sentir suas costas colidirem com a parede. Era fato que ela não estava procurando qualquer outra pessoa para saciar suas vontades, mas isso não significava que ela era de ferro.

- Vo-você quer uma água? Café? Qualquer
coisa... Que não seja eu. - Murmurou
suspirando ao sentir a loira começar a beijar seu pescoço. Priscila sabia que tinha que ser ágil e escapar antes que Cléo quisesse se aproveitar da oportunidade.
Ele nunca dispensava sexo bom e fácil.

- Só tem uma coisa que eu quero, e só você
pode me dar. - Pegou a mão direita de Priscila e levou até o meio de suas pernas por debaixo da saia, pressionando contra a umidade em sua calcinha.

Priscila estava prestes a empurrá-la quando o barulho da porta sendo aberta fez as duas saltarem para longe uma da outra. Com os olhos arregalados Priscilla olhou para uma Malu com fones de ouvido e requebrando os quadris que adentrava sua casa. Levou apenas alguns minutos para a polinésia se dar conta de que sua melhor amiga já estava acordada e não estava sozinha.

Secrets Of A Heart Where stories live. Discover now