Nachos and Movies

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Priscila estava lavando algumas louças que
Malu e ela tinham sujado noite passada. Era quarta-feira de manhã, ela não trabalharia, como já era comum, então seu dia seria baseado em jogar videogame, comer besteiras e não levantar do sofá.

Carol: Bom dia, boo Estou com saudades. Vamos nos ver hoje, certo?

Ou talvez seus planos mudassem um pouco.
Priscila ficou olhando fixamente para o
telefone, pensando na resposta perfeita. O
que ela faria? Tinha alguns dias que vinha
percebendo algumas coisas. Algo estava
errado, ela sabia disso.

Mas tinha o outro lado de si mesma. O lado
que gostava de Carol mais do que qualquer coisa, o lado que abandona tudo e todos na hora que a jovem garota lhe chamar. O lado cego e idiota de Priscila.

E esse lado sempre vencia no final. Porque
Priscila nunca tinha gostado tanto de alguém em toda sua vida. Ela simplesmente não sabia lidar com todo esse sentimento.

Carol: Boo?

Carol: Tudo bem?

P: Uh... Sim, sim, sim.

P: Tudo ótimo e com você?

P: Bom dia, Carol, também estou com saudade.

Carol: Vamos sair hoje?

P: Não sei. Você vai ter tempo para mim ou vai cancelar em cima da hora?

A resposta demorou mais do que o normal.
Priscila sabia que aquela mensagem poderia ter afetado Carol. E era isso que ela queria.

Carol: Claro que sim, boo.

Carol: Estou disponível o dia inteiro para você.

P: O que? Não vai estudar?

Carol: Não. Quero passar o dia com
você.

Carol: Podemos ir naquele lugar.

Carol: Vamos?

P: Nah! Não quero que seus pais saibam que você faltou escola por minha causa.

P: Mais tarde nos vemos.

Não tinha jeito. Priscila sempre cedia para
Carol, era uma sina.

Carol: Não, eu quero te ver agora.

Carol: Vem aqui em casa me buscar.

P: Não, Carolyna.

Carol: Não?

P: Não! Vai para a escola.

Carol: Ih!!!!

Carol: Já vi que está chata hoje.

Carol: Tudo bem.

P: Boa aula(:

Não teve resposta, Priscila acabou rindo,
imaginando a possível cara irritada de
Carol. Mesmo que quisesse muito passar o
dia com sua pequena, ela não queria correr
o risco dos pais de Carol descobrir que ela
tinha faltado a aula para passar o dia com ela.

Queria conquistar a confiança deles antes de dar um passa em sua relação com a latina. Terminou de arrumar a cozinha, secou sua mão no pano de prato pendurado ao lado da pia e saiu dali, indo até a sala para escolher algum jogo. Ela iria ligar para algum delivery, ou optaria pelo mais prático: salgadinhos.

Estava distraída olhando seus muitos CDs de jogos quando ouviu a campainha tocar, bufou baixinho, xingando mentalmente quem quer que fosse. Ela sabia que não era Malu, sua melhor amiga tinha feito uma chave para ela mesma. Sim, a polinésia tinha essa liberdade mesmo.

Secrets Of A Heart Where stories live. Discover now