Secrets Of A Heart

Quer namorar comigo?

Visto por último hoje às 19:35.

Carol estava inquieta, tinha mandando
mais de uma mensagem para Priscila e ela
não respondia. E pior, fazia uma hora desde a última vez em que Priscila olhou o WhatsApp.

Ela nunca demorava tanto tempo assim.
Claro que ela poderia estar ocupada, era uma hipótese. Mas Carol sabia, de alguma forma ela sabia que algo estava errado. E ela nunca desejou tanto estar errada. Só de pensar em algo de ruim acontecendo com Priscila, seu coração parecia que iria comprimir tanto ao ponto se sumir dentro do peito.

- E então? Nada? - Evelyn voltou para o
quarto com um copo de suco de maracujá
e entregou para a irmã. Ela tinha ficado
agoniada por ver Carol tão desesperada
andando para um lado e para o outro roendo as unhas. - Toma aqui, bebe isso.

- Eu quero saber da Priscila. - Evelyn revirou os olhos, indo até Carol para segurar em seu ombro. - lolo.

- Eu sei que está preocupada, e considerando como as coisas estão na nossa vida, eu também estou. Mas tenta se acalmar. - Pediu, falando do modo mais suave possível. Não queria ver sua irmã tão agoniada daquela forma. Precisava de alguma forma fazer Carol se acalmar. - Você não tem o número da melhor amiga dela?

- Isso! A Malu! Talvez ela tenha ido lá.

Carol desbloqueou seu celular e procurou
o número de Malu, com apenas dois cliques ela ligou para a polinésia. Mas para o seu azar, a ligação caiu direto na caixa postal. Carol bufou e ligou outra vez.

- Nada?

- Não! Inferno! - Carol gritou e lançou o
celular na parede. Evelyn arregalou os olhos, segundos depois a porta do quarto foi aberta e uma Fernanda preocupada adentrou o quarto.

- Tudo bem por aqui? – Ela perguntou
revezando o olhar entre suas duas filhas.

- Só estamos preocupadas com uma amiga... - Evelyn respondeu olhando para Carol, que observava seu telefone para ver se tinha quebrado. - E a Carol está na TPM

- Entendi. – Fernanda cruzou os braços, olhando para Carol, que tinha uma careta no rosto. - Quebrou?

- Não, só rachou a tela. – Disse frustrada,
arrependendo-se de ter jogado o celular na
parede. Mas estava com os nervos a flor da
pele demais para pensar nas consequências
de seus atos.

- Ainda bem que você tem um emprego para pagar o conserto. - Fernanda disse e Carol  suspirou, voltando a ligar o celular que tinha desligado com a pancada. – Vê se para de ficar arremessando as coisas na parede. E vai dormir porque você tem aula amanhã de manhã.

Ordenou e saiu do quarto, deixando Evelyn
e Carol sozinhas outra vez. A mais velha
pegou o celular em seu bolso e discou o
número de Brenda.

- Evelyn! Oi, ainda bem que ligou. -
Pela voz afobada de Brenda e os sons de
vozes, Evelyn soube que a noiva não estava
em seu quarto de hotel.

- O que aconteceu? Brenda?" - Carol olhou
para Evelyn ao captar a preocupação na voz de sua irmã. – Amor?

- Evelyn, onde você está?

- Em casa, o que houve?

- Se arruma agora que estou indo aí buscar
você e Carol. Alguém bateu na Priscila, estou saindo do hospital agora.

- O que? Como assim? Ela está bem?

- Lorrane! Agora! – E desligou, deixando-a em pânico.

- Selly, calma. - Carol foi até a irmã que
parecia querer gritar a qualquer momento. - Evel...