Dark times

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Carol e Priscila ficaram um pouco mais
trocando carícias dentro da Kombi. Ambas
estavam radiantes, não podiam medir
o tamanho do sentimento que sentiam
uma pela outra. Carol sentia-se cada vez
mais confiante em relação a Priscila, sua
namorada lhe deixava segura de uma forma que ninguém chegou perto de fazer. Priscila estava exalando felicidade, não somente por finalmente estar chegando em outras etapas em seu relacionamento, mas por saber que sua garota confiava nela.

- Minha mãe não para de me ligar. - Carol
resmungou ao mais uma vez recusar a
chamada de Fernanda, era a quinta vez seguida que ela ligava. Priscila beijou a nuca da namorada e esfregou seu rosto em meio aos cabelos dela, puxando-a mais contra si. — Eu não quero ir embora.

Choramingou, fazendo Priscila sorrir e virar a namorada de frente para si. Carol tinha um bico em seus lábios, a hispânica depositou um beijo em sua boca e outro na ponta de seu nariz.

— Eu também não quero que você vá, mas
seus pais devem estar preocupados. - Carol jogou uma perna sobre o quadril de Priscila, chegando para frente e aconchegando-se nos braços da namorada. — Mas temos que ir.

- Só mais um pouquinho, pode ser? - Priscila  não respondeu, sabia que Carol estava tentando lhe convencer. - Por favor, amor.

- Ugh! Você joga sujo. - apertou a cintura de
Carol, lhe provocando cócegas. — Só mais
cinco minutos, okay?

- Você é a melhor.

Empurrou a namorada para o lado e subiu em seu colo, apoiando as mãos em seus ombros. Priscila segurou em sua cintura e sorriu para Carol, que prendia seus cabelos. Ela sentiu o coração disparar dentro de seu peito, não existia dúvida alguma que a latina era o amor de sua vida.

(...)

Carol tinha os dedos agarrados nos cabelos de Priscila, sugando e mordendo os lábios inchados da hispânica. Elas estavam paradas em frente a casa de Carol há pelo menos quinze minutos. Priscila tentava se afastar, mas isso só fazia a latina lhe beijar com mais vontade.

- Hm... - Priscila puxou a cabeça para trás,
fazendo um som de estalo ressoar. - Amor, já chega.

- Chata. - Carol resmungou, limpando os
cantos dos lábios de Priscila que estavam
borrados de batom. - Você é viciante demais, não consigo me controlar.

- Digo o mesmo sobre você, mas... - Respirou
fundo, buscando fôlego. - Seus pais estão
preocupados, seu celular não para de vibrar.

- Não vejo a hora de fazer dezoito logo e
ganhar um pouco mais de liberdade.

"Eu também", Priscila concordou em
pensamento.

Carol despediu-se da namorada bufando
por sua mãe estar lhe ligando freneticamente. Priscila acabou rindo do estresse da namorada, mas depois o sorriso sumiu de seu rosto. Ela passaria mais dois dias sem ver a namorada, e no sábado só a veria na cafeteria.

— Não vejo a hora de ter você só para mim.
- Priscila murmurou para si mesma enquanto saia dali e rumava em direção a sua casa.

Olhou para o porta-luvas e o abriu, pegando a caixinha de veludo bem escondida atrás dos CDs. Sorriu, imaginando o que Carol pensaria sobre elas usarem alianças.

Priscila mal podia esperar para que as
alianças de compromisso se tornassem
alianças de casamento.

(...)

Carol adentrou sua casa já tirando os tênis e tirando a mochila de suas costas. Ela viu os pais sentados no sofá, um do lado do
outro, com expressões sérias em seus rostos. Suspirou, já sabendo que levaria bronca.

Secrets Of A Heart Where stories live. Discover now