Soul mates

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Priscila movia a cabeça para um lado e para o outro, com uma mão batucava levemente os dedos no volante, a outra estava repousada sobre a coxa de Carol.

- Amor? - Carol chamou, virando-se para
olhar a namorada.

- Hm?

- Nada não. - Priscila franziu o cenho,
olhando de soslaio para Carol.

Voltou a prestar atenção na rua, Slow Motion do Treyz Songz começou a tocar, fazendo Priscila abrir um sorriso. Ela amava aquela música. Começou a acompanhar o canto, repetindo seus versos como se fosse uma segunda voz. Carol sorriu, amava ouvir a voz de sua namorada quando ela cantava.

- Você poderia ser cantora se quisesse,
sabia?

-Já ouvi isso antes. - Priscila sorriu sem
jeito, ligando a seta para virar à esquerda.
Carol olhou para frente, franzindo o cenho ao deparar-se com uma área arborizada e uma estradinha de terra. — Mas cantar não é para mim, eu gosto mesmo de mixar as músicas.

— Talvez você pudesse gravar alguns
trechos e jogar no meio das suas mixagens.
Aposto que todo mundo iria amar ouvir. Eu
compraria todas as suas músicas.

- Você é suspeita a falar algo, vida.

— Isso é fato. Para onde estamos indo?

- Ally deixou que eu usasse o chalé dos pais
dela por hoje.

- Uh, chalé, né? Está planejando o que,
Mister mistério? - Priscila gargalhou.

- Você vai gostar. Teremos um dia e uma
noite romântica longe de tudo. - Olhou
para Carol e piscou para ela. - E não se
preocupe, já combinei tudo com Dani. Ela irá te acobertar com seus pais.

- Então ela sabia para onde você iria me
trazer? Garota sonsa, fingiu que não sabia de nada.

- Foi um pedido meu, amor. Queria te deixar com expectativas.

- E conseguiu, pode acreditar.

Priscila estacionou em frente a uma bela
chácara. Os olhos de Carol brilharam,
lembrava a casa de seus avós. Ela sorriu,
ansiosa para descer do carro e descobrir o
que sua namorada tinha planejado.

Priscila foi a primeira a descer, abriu a porta do carona para Carol e lhe estendeu a mão, ajudando-a descer do carro. Elas trocaram um rápido selinho, a hispânica fechou a porta e guardou as chaves da kombi em seu bolso.

Carol agarrou o braço de Priscila, deixando a cabeça sobre seu ombro.

— Eu queria um lugar longe de tudo, onde
ninguém pudesse nos achar. - Priscila disse
ao tirar a chave do bolso e abrir a porta,
dando passagem para Carol adentrar o
chalé. Então Ally me contou sobre esse
chalé, eu acho que é o lugar perfeito, mesmo que só por uma noite.

Ela acendeu as luzes, revelando o local todo
enfeitado com velas aromatizadas e alguns
bombons espalhados pelo chão com pequenos pedacinhos de papel colados na base de cada um. Carol sentiu os olhos enchendo-se de água e o coração batendo mais rápido em seu peito. Sua boca estava aberta, enquanto ela encarava incrédula à tudo que Priscila tinha preparado.

— Diga-me que eu não esqueci de alguma
data comemorativa. - Engoliu a saliva em sua boca, virando-se para Priscila. — Por favor.

— Você não esqueceu de nada, amor. Eu
quem quis preparar algo especial para você. - Priscila deixou as chaves sobre a mesa de canto, onde tinha um telefone sem fim preto em cima. Aproximou-se de Carol com um belo sorriso em seus lábios. — Eu só pensei que você merecia um pouco de carinho e ficar longe de tudo o que está acontecendo.

Secrets Of A Heart Where stories live. Discover now