Carol rodava o celular em sua mão, os
joelhos contra seu peito. Já passava de
uma hora da manhã e sua namorada ainda
não tinha voltado para casa. Priscila tinha
recebido uma ligação de Johnny a chamando para tocar em uma festa de aniversário da zona sul de Miami.Ela sabia que a namorada chegaria tarde,
mas não podia evitar se preocupar. E mais,
estava morrendo de saudades. Carol
checava o celular toda hora, mas nenhum
sinal de Priscila. Bufou e levantou-se do sofá, indo em direção a cama. Queria dormir pelo menos um pouco, o suficiente para que sua namorada voltasse logo para casa.Carol pegou no sono, e acordou minutos
mais tarde com alguns ruídos. Levantou-se
automaticamente, olhando para a porta.
Escutou o barulho de chaves e abriu
um enorme sorriso, levantou da cama e
correu para banheiro, penteou os cabelos
rapidamente e aproveitou para escovar os
dentes. Quando voltou ao quarto, viu Priscila empurrar a porta e tropeçar em seus próprios pés.- Opa, o planeta terra está bêbado.
Murmurou entre risadas enquanto se apoiava na parede. Carol cruzou os braços e parou ao lado da cama, observando Priscila de longe. Ela nem se aguentava em pé, e o cheiro de álcool tinha tomado conta do ar.
- Esqueceu a porta aberta, Priscila Caliari.
Priscila arregalou os olhos e começou a olhar em volta, assustada.
- É você, senhor?
Carol prendeu a risada, Priscila estava
engraçada daquele jeito. Ela negou com a
cabeça.- Fecha a porta. - Ordenou, engrossando
a voz. Priscila piscou algumas vezes e aos
tropeços foi até a porta, fechando-a com força.- Eu obedeci, a-agora quero meu presente de natal.
- Do que essa mulher está falando? - Carol
sussurrou, indo em direção a Priscila, que
conversava sozinha contando algo em seus
dedos. — Priscila, vem tomar um banho.Tentou puxar a namorada pelo braço, mas
Priscila se esquivou, dando passos para trás
até colidir com as costas na porta de entrada.- Minha namorada disse para não deixar
mulher nenhuma me tocar.- Priscila, sou eu.
- Não, Priscila sou eu, você não é eu.
Carol passou as duas mãos no rosto,
respirando fundo para não gritar com a
namorada. Embora a situação estivesse um
tanto engraçada, era sempre chato lidar com bêbados. Priscila continuava resmungando consigo mesma sobre ela ser a Priscila.— Priscila, sou eu, Carol. Sua namorada.
- Ela pressionou os olhos e agarrou o rosto
de Carol, olhando bem em seu rosto. —
Reconheceu?- Você é minha namorada? - Carol
assentiu, alisando as mãos de Priscila que
seguravam seu rosto. - Como infernos eu
consegui uma namorada tão linda assim?Carol acabou rindo, colocou uma mão na
cintura de Priscila e a puxou para perto. Ela
sorriu para a hispânica antes de grudar seus lábios. Priscila ficou paralisada por alguns segundos, mas ao sentir o gosto tão conhecido do brilho labial de Carol todo seu corpo relaxou.Carol sorriu ao sentir que mesmo em
seu estado mais fora da realidade, Priscila
negava outras garotas e reconhecia seu beijo. Segurou a lapela da jaqueta da hispânica e intensificou o beijo.- Você está com gosto de todos os tipos de
bebida existentes na face da terra. - Carol
resmungou ao cortar o beijo, uma careta
em seu rosto. Ela soltou Priscila e teve que
segurá-la outra vez para que ela não caísse no chão. - Vem tomar um banho, sua bêbada.
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Secrets Of A Heart
FanfictionPriscila nunca foi fã de café, na verdade ela odiava. Mas tudo isso mudou em uma manhã de domingo quando ela decidiu entrar em uma cafeteria no caminho para sua casa. Ela adorou o ambiente, a comida, o café e principalmente a doce garçonete que lhe...