Fim de semana

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O sorriso sem vergonha enfeitava os belos
lábios pintados de um vermelho escuro.
Seus olhos estavam com as pupilas
dilatadas. Os longos cabelos castanhos escuro estavam bagunçados, com um ar de pós sexo.

A face um pouco avermelhada, as bochechas tinham um tom mais vermelho.
Era como se Priscila tivesse acabado de
transar o se drogar. Mas aquilo era apenas uma reação a toda tensão sexual, todo tesão preso dentro dela. Era a necessidade, Priscila precisava transar.

- Nós sabemos que você quer isso também. -
Disse sorrindo para o espelho. - Você sabe
disso, nós precisamos disso, Caliari. Não
pode desonrar meu nome assim. - Passou as
mãos nos cabelos, jogando sua franja para
o lado. - Você vai transar essa noite. Não me
desaponte.

Priscila estava no banheiro da Mynt, era noite de quinta e ela iria tocar lá. Mas no momento Cléo parecia ter algo para dizer a Priscila. Era impossível controlar seu alter ego, ela conseguia lutar contra ele quando estava com Carol, mas sem a latina por perto, Cléo se sentia livre. Se Priscila tivesse um pênis ele provavelmente viveria ereto 24 horas por dia tamanho era seu tesão acumulado.

- Olha bem para você, maravilhosa. Você é
incrível, se quiser pode ter qualquer garota
na sua cama. E você sabe que pode. - Sorriu
lascivamente.  - E hoje, nós duas... - Apontou para o espelho e depois para si mesma. - Vamos tirar esse atraso. Está dando pena ver você ter que se controlar. Você sabe que não deve fidelidade a ela, vocês não namoram.

Priscila queria negar, dizer que tinha
controle de si mesma e que iria se manter
completamente fiel ao sentimento por
Carol. Mas era tão difícil. Não era como se
ela soubesse conviver mais que alguns dias
sem um bom sexo, e já tinha um par de meses desde o último.

Não que Priscila fosse viciada em sexo, ela
apenas gosta muito. É adulta, solteira e vive
em casas noturnas onde sexo parece estar em todos os cantos.Tinha tanto tempo desde a última vez em que se envolvera com alguém emocionalmente, não sabia mais lidar com essa situação.

E nunca tinha sido daquela forma antes. Se fosse qualquer outra pessoa, Priscila estaria transando por aí sem se importar. Mas era sua pequena, a jovem e misteriosa Carolyna.

- Maldição! - Priscila conseguiu exclamar como ela mesma outra vez. Pressionou os olhos, sentiu-se um pouco atordoada. Era sempre uma sensação estranha quando tentava controlar a outra pessoa dentro de si. - Nem pensar, Caliari. Nós duas vamos transar hoje, ou você me acompanha, ou eu farei por conta própria.

Mandou um beijo no ar para o próprio reflexo no espelho e como se estivesse no automático voltou para a pista de dança.
Ou ela teria que ser forte e controlar seus
impulsos, ou deixava se deixava levar e
saciava seus desejos.

Agora seria Priscila x Cléo.

A razão contra o tesão.

De qualquer forma Priscila sabia, ela estava
muito encrencada.

***

Sexta de manhã, Priscila abriu os olhos e
de imediato se deu conta que não estava
em sua casa. Saltou do chão onde estava,
largada no tapete de alguém. Olhou para si
mesma e praguejou-se ao ver diversas marcas vermelhas em sua barriga. Eram trilhas fortes, bem visíveis.

Puta merda!

Exclamou em pensamento, sabia que estava encrencada. Olhou em volta e quase deu um grito aliviado ao ver o enorme quadro na sala. Ela não estava na casa de algum desconhecido, a foto dela abraçada com Malu na parede deixava claro onde ela tinha passado a noite.

Priscila suspirou aliviada. Pelo menos sabia
que estava a salvo na casa de sua melhor
amiga. Procurou por sua blusa, achou-a toda enrolada atrás do sofá, vestiu-a e caçou seu short. Após estar devidamente vestida, foi em direção ao quarto de Malu para pegar sua escova de dentes e tomar um banho.

Secrets Of A Heart Where stories live. Discover now