Ela acordou preguiçosamente do cochilo e estranhou onde estava. Viu Noá apagado, e sentiu o vento entrando pela porta de vidro da sala. Se levantou para fechar e ajeitou o cobertor no corpinho dele. Viu Alexandre no final do corredor tendo ouvido que ela acordou, fazendo um gesto para que ela fosse pra cozinha com ele. Ela respirou fundo, e foi até ele, organizando seus pensamentos.
- Tá com fome?
- Não to não, valeu.
- Quer água?
- Também não, tudo certo.
- Tá com frio?
- Não. Um cobertor é suficiente.
Ele suspirou olhando para ela.
- Quer conversar sobre o que a gente falou antes?
- Alexandre.. - Ela desviou o olhar balançando a cabeça negativamente. Pelo tom de voz dela e a forma como ela falava seu nome, ele percebeu que ela não estava em seu humor comum.
- Só me escuta. - Ele pediu, se aproximando. Apoiou ambas as mãos no rosto dela, obrigando a olhar em seus olhos.
Giovanna suspirou e ficou olhando nos olhos dele.
Ele se distraiu e acabou roubando um beijo dela sem conseguir se controlar. Ela automaticamente abriu um sorrisinho, segurando os bíceps dele com as duas mãos, querendo afastá-lo.- Não, me escuta. Eu tenho coisas a dizer. Você gosta do Noá, né?
Ela bufou, e assentiu.
- E o pai dele é legal?
Ela riu baixo.
- O Alexandre é legal. O Alexandre Nero eu já não sei.
- Ah é? Qual a diferença entre os dois?
- Não sei se to pronta pro pacote completo, Nero. - Ela confessou.
- Você tá com ciúmes. É perfeitamente normal..
Giovanna gargalhou.
- Agora pronto. - Ela se desvencilhou dele, agressivamente, dando tapinhas nos braços dele, tentando se afastar.
- Você tá tão na minha! É compreensível..
Giovanna não conseguia parar de rir.
- Você tá querendo me irritar, Alexandre. Não pode ser.
Ele riu junto. Estava evidentemente fazendo graça pra quebrar o clima.
- Não quis te magoar com o que eu disse. Mas é minha realidade e eu to tentando cuidar de você. Só isso. - Ele a puxou mais perto pela nuca, e acariciou sua bochecha com o polegar. - Você não tem que me disputar com o Brasil todo. Eu to completamente na sua.
Ele foi se aproximando, cheirando o pescoço dela.
Giovanna sentiu seu corpo arrepiar com o cheirinho que ele dava em seu pescoço, sem saber muito bem como se afastar.
- Você é muito problema. Não sei se vale a pena.
- Tem razão, eu tenho um filho.
- Isso não é sobre o Noá, você sabe disso. - Ela o encarou. - Ele não é problema. É nosso elo.
Alexandre deu um sorrisinho, gostando de ter provocado.
- Você é ciumentinha, igual a ele. Ele com ciúme de você, e você com ciúme de mim. O que eu faço com vocês dois?
- Nero, eu nem tenho nada com você. Pelo amor de Deus. Eu não estou com ciúmes, isso seria..
- Ridículo? - Ele a encarou, andando em sua direção, colando o corpo ao dela.
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