- Acordem. - Alexandre sussurrou baixinho no quarto deles. - Noá, filho. Inã! Amor. - Ele cutucava as crianças.
Os dois levantaram a cabeça sonolentos. Estavam dormindo dividindo a cama, porque Inã acordava no meio da noite e se enfiava na cama do maior.
- Vamos comprar o presente da mamãe? - Ele convidou.
Os dois se animaram, mas Alexandre se antecipou em fazer um gesto com o dedo indicador na frente dos lábios.
- Shhh! Shh!! É surpresa. Se a mamãe perguntar, vamos na casa da tia Ana. Vocês não podem contar pra ela, tá bem? O dia das mães é só amanhã, mas eu quero que vocês escolham os presentes. Onde vamos?
- Na casa da tia Ana! - Os dois murmuraram animados com o segredo.
Os meninos foram pro banheiro tomar banho enquanto Alexandre escolhia a roupa.
- Do sonic, papai. - Inã pediu. - Igual do mano.
Alexandre riu baixo. Guardou a roupa que tinha escolhido, e atendeu o pedido do menor. Foi ajudar os pequenos a tomarem banho.
Na sala, Giovanna já estava cheia de livros didáticos ao redor de si, com uma garrafa rosa de café à sua frente.
De repente, os três apareceram prontos e pareciam estar com pressa
- Bom dia mamãe. - Noá falou indo direto até ela dar um beijo em sua bochecha.
Giovanna o abraçou, enchendo o filho de beijos na bochecha.
- Vem cá, ow. - Ela ficou de braços abertos para Inã quando Noá se afastou. - Seu desnaturado. Beijo de bom dia na mamãe igual o mano, vem!
Inã gargalhou, achando engraçada a palvra "desnaturado"
Correu até a mãe e foi beijado por ela, ganhando um abraço da mãe e também uns tapinhas no bumbum.
- Posso saber onde vocês vão? - Giovanna estranhou.
- Na casa da tia Ana. - Noá se prontificou a responder.
Inã ficou olhando o irmão com admiração, e deu uma risadinha sem conseguir disfarçar muito bem.
- Não acredito que vocês vão me deixar sozinha aqui. - Ela fez um bico. - Bom, se divirtam por mim. Mandem um beijo pra tia Ana, e peçam meu Tupperware de volta! Ela roubou quando eu mandei aquele pudim de leite condensado para ela.
Alexandre gargalhou, se aproximando dela, que já colocava os olhos de grau de volta no rosto e voltava sua atenção para o trabalho.
- Você termina que horas mais ou menos?
- Umas duas.. Três horinhas. - Ela prometeu. - Mas a partir disso sou completamente de vocês, prometo.
Alexandre assentiu.
Se aproximou, segurando sua esposa pela nuca, e arqueando o corpo que estava de pé na direção da loira sentada na cadeira da mesa de jantar. Beijou seus lábios. Deu alguns selinhos dela, mas permaneceram os dois de olhos fechados trocando carícias.
Alexandre cheirou o rostinho dela, dando mais beijos em sua bochecha. Não se aguentou, e acabou por beijar sua boca de língua, intensificando o beijo. Sentiu a boca dela chupando sua língua, e deu uma risadinha maliciosa.
- Eu te amo. - Sussurrou, encostando a testa na dela. - Volto já já.
- Tá bem. - Ela suspirou, por ter que ficar longe dele. - Te amo, amor.
Alexandre se afastou, afim de ir embora. Sentiu Giovanna grudar em sua camisa, puxando ele de volta para mais outro beijo.
- Eca! - Noã fingiu um vomito.
