Hyunwoo trabalhava na cozinha do Yoo'lisa, um restaurante de prestígio crescente comandado pelo temperamental Yoo Kihyun. Apesar da fama, Hyunwoo sabia lidar com os nervos do chef como ninguém. Tudo estava sob controle, no mais perfeito equilíbrio...
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O último ajudante acenou para Hyunwoo, saindo da cozinha visivelmente exausto. O dia havia sido cheio, como era de se esperar, e a bagunça no fim do expediente era inevitável, ainda que tentassem conter os danos no decorrer do dia.
Kihyun conferiu o caixa, entrou e saiu do escritório e permaneceu perambulando por tempo demais enquanto Hyunwoo continuava se ocupando na cozinha. Eram sempre os dois últimos a sair.
— Está tudo certo por aqui — Kihyun disse quando saiu do escritório mais uma vez, olhando o relógio de pulso — você já pode ir.
— Estava só confirmando se Jun tinha abastecido o freezer. — Hyunwoo tirou o avental, olhou para os lados e então para o chef.
— Abasteceu?
— Sim.
— Certo.
Kihyun observou enquanto Hyunwoo suspirava, seus olhos desviando rapidamente para o movimento do peito firme do sous chef subindo e descendo sob a roupa, em seguida retornando à expressão conflituosa que ele carregava.
Era quase como se ele quisesse ter mais o que fazer ali para não ir embora.
— Você deve estar cansado — Kihyun comentou, tirando o próprio avental — eu posso lidar com o resto.
Hyunwoo hesitou. Seus lábios estreitos se moveram, como se ele quisesse dizer alguma coisa, mas não disse. Ao invés disso, deu um suspiro derrotado e assentiu, como se soubesse que qualquer palavra dita a seguir poderia passar novamente dos limites.
— Tudo bem. Então eu já vou.
— Boa noite — Kihyun respondeu, curvando a cabeça educadamente.
Depois da despedida, Kihyun passou mais algum tempo sozinho no restaurante. Apesar do cansaço, não queria ir para casa, porque estar em casa era ter tempo para pensar, e pensar era tudo que Kihyun não queria.
Depois de alguns minutos, ele pegou seus pertences, fechou o restaurante e seguiu até o carro. Por um segundo, pensou que talvez a poltrona no escritório não fosse tão desconfortável, não seria assim tão ruim passar a noite no trabalho, ele já tinha feito isso antes, aliás.
Kihyun pegou o celular na bolsa que havia jogado no banco do carona e checou suas notificações — a maioria, obviamente, relacionadas ao trabalho —, e então abriu o chat com Hyungwon. A ideia que surgiu em sua mente era estúpida, mas talvez a melhor que ele poderia ter essa noite.