Capítulo Doze

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Quando Yeonjung perguntou há quanto tempo Kihyun e Hyunwoo estavam juntos, ambos se encararam por alguns segundos de pânico

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Quando Yeonjung perguntou há quanto tempo Kihyun e Hyunwoo estavam juntos, ambos se encararam por alguns segundos de pânico. Uma risadinha nervosa escapou de Hyunwoo quando ele respondeu, antes de Kihyun:

— Quatro meses. Queria confirmar se ele ia se lembrar.

Kihyun bufou, falsamente irritado e deu um tapinha no ombro de Hyunwoo — muito mais pelo susto do improviso do que por qualquer outro motivo —, mas a conversa mudou de tópico, felizmente, antes que perguntassem como eles começaram a namorar.

Depois de serem enxotados da cozinha e obrigados a descansar um pouco antes de descarregar as coisas no local da cerimônia, Kihyun acompanhou Hyunwoo novamente até o quarto dele. Pretendia entrar por alguns minutos, apenas para conversar e esclarecer algumas coisas. Hyunwoo, obviamente, não se recusou nem se intimidou com isso.

— Nós devíamos ter planejado isso um pouco melhor — Kihyun resmungou.

— Com todo respeito, chef, você deveria ter planejado isso um pouco melhor. Você teve mais tempo do que eu pra isso, só fiquei sabendo que era seu namorado de mentira há umas duas horas e meia.

Kihyun exalou com força, mais uma vez calado pela dura verdade que era estar errado. Ele ergueu as palmas, se rendendo, antes de responder.

— Bem, você parece ser um talento nato, então. Em dois minutos conseguiu até fingir pra minha mãe que morre de admiração por mim.

— Eu não fingi. — O tom de Hyunwoo era sério, mas ele desviou o olhar para a mala ainda feita perto da cama; as orelhas estavam novamente vermelhas. — Eu não estava mentindo sobre nada do que eu disse.

Kihyun continuou em silêncio, e observou enquanto Hyunwoo puxava a bagagem para cima da cama, e abria o zíper. Viu quando ele tirou de lá uma escova de dentes e um sabonete.

— Você é meu chefe — ele continuou, e só então olhou para Kihyun — não estaria naquela cozinha e muito menos aqui se não admirasse você e seu trabalho. Não precisa pensar demais sobre isso.

— Eu não estava... — Mas estava, sim, e Hyunwoo sabia. Por isso, Kihyun apenas acenou com a cabeça, decidido a ceder daquela vez. — Podemos acertar mais detalhes depois, se for necessário — disse, já com a mão na maçaneta — eu vou deixar você descansar agora.

Hyunwoo concordou e Kihyun saiu. Foi até o andar de baixo, na casa da frente, onde seu quarto permanecia organizado como sempre. Ainda havia alguns posters de bandas de rock nas paredes e, ao lado da cama, um banner do grupo VoltZ¹, seu preferido desde que conseguia se lembrar. As revistas velhas nas gavetas da cômoda tinham diversas fotos de membros do grupo, principalmente Seungjae, por quem Kihyun era apaixonado na adolescência — e foi dessa forma que ele descobriu que era gay. O violão que costumava tocar quando mais jovem, e que estava parado desde aquele último festival de talentos da escola, ainda estava no canto pegando poeira.

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