Capítulo Vinte e Um

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Existiam algumas regras silenciosas que Kihyun seguia à risca

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Existiam algumas regras silenciosas que Kihyun seguia à risca.

Ele não se envolvia com funcionários, não admitia qualquer demonstração de afeto entre casais no ambiente de trabalho e seu escritório estava fora dos limites até segunda ordem.

Bem, aquela última regra Kihyun ainda não tinha quebrado, supostamente. Quando os braços de Hyunwoo o envolveram imediatamente depois que ele iniciou aquele beijo, a cozinha pareceu ainda mais quente do que de costume. Sendo assim, era ordem dele que entrassem no escritório para continuar o que haviam começado.

A porta se fechou com um estrondo forte e desnecessário, mas que animou ainda mais Kihyun e arrepiou todos os seus fios de cabelo. Hyunwoo parecia completamente tomado pela mesma energia que a dele, como se tivesse passado o dia inteiro pensando em fazer aquilo, pensando em tocá-lo daquele jeito, em beijá-lo, prensá-lo contra a porta e devorá-lo da forma mais voraz possível.

E, céus, Kihyun queria que isso fosse verdade, porque ele não queria ser o único a estar daquela forma.

Uma das mãos de Hyunwoo se prendeu sob o joelho de Kihyun e ergueu sua perna até que estivesse presa ao redor dos seus quadris. Em seguida, aquela mesma mão correu pela sua coxa e apertou a carne com força, e o encaixe de suas virilhas fez Kihyun ofegar baixinho.

— Isso provavelmente não vai ajudar no que você sugeriu — Kihyun comentou entre o beijo, com os braços ainda bem presos ao redor do pescoço de Hyunwoo.

— Quer parar? — perguntou, e tocou sua testa a de Kihyun, esperando por uma resposta.

Mas é claro que Kihyun não queria, então apenas sugou o lábio de Hyunwoo de volta para que continuassem se beijando. Que resolvessem o probleminha com o contato físico em horário de trabalho depois, porque fora do expediente, Kihyun precisava disso.

Precisava do corpo grande de Hyunwoo cobrindo o dele completamente, faminto, desejoso e imparável.

Kihyun só permitiu que os lábios de Hyunwoo deixassem os seus quando desceram pela sua mandíbula até alcançar seu pescoço. A língua quente correu da clavícula até a pele sensível sob a orelha de Kihyun, e ele chiou enquanto fechava os olhos.

— Era nisso que estava pensando? — Hyunwoo sussurrou em seu ouvido e seu quadril se forçou contra o de Kihyun; ele teria se sentido constrangido por já estar excitado, se não tivesse percebido que Hyunwoo também estava. — Por isso não conseguiu encostar em mim o dia todo?

Kihyun fechou o punho e bateu no ombro de Hyunwoo uma única vez antes de gemer baixinho, porque sim, era exatamente por isso. Ele não conseguiria negar, e nem bronquear Hyunwoo como gostaria, porque cada vez que sua boca se abria, ele precisava engolir um novo som constrangedor.

E diante daquilo, daquele desespero latente tão óbvio, Hyunwoo sorriu. Uma risada baixa que reverberou no pescoço de Kihyun e o arrepiou novamente, deixando-o despreparado para o ato a seguir. Porque Hyunwoo puxou o botão de sua calça com tanta destreza, que ele sequer teve tempo de dizer coisa alguma quando a palma quente rodeou sua carne. As pernas de Kihyun vacilaram enquanto ele se derretia nos braços de Hyunwoo, e sua cabeça pendeu para trás, batendo na madeira escura da porta.

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