Capítulo Dezoito

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Algumas situações parecem inevitáveis depois que você ultrapassa um determinado limite

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Algumas situações parecem inevitáveis depois que você ultrapassa um determinado limite. Era a única explicação que Kihyun poderia encontrar para os últimos eventos da própria vida, mas especificamente daquela noite.

Ele havia decidido partir, teimar, ceder, mentir e também não medir palavras. Havia feito escolhas contraditórias o tempo todo, se arrependido de quase todas, aliás. Mas isso não o impediu daquele último ímpeto, muito menos doloroso — nenhum pouco, a bem da verdade.

Havia sido sua decisão impulsiva, e talvez equivocada, mais prazerosa, porque os braços de Hyunwoo mantiveram um aperto tão gostoso ao seu redor que poderia derreter. O beijo ficou mais lento, repentinamente; Kihyun podia sentir a ponta da língua de Hyunwoo contornando a dele, pressionando o caminho para dentro da boca e então sugando os lábios como se quisesse, de fato, sorver cada gota de soju que ele havia experimentado.

Os dedos pequenos de Kihyun se perderam nos fios castanhos de Hyunwoo, bagunçando tudo cada vez que ele mudava o ritmo. A cada suspiro, sentia as mãos fortes apertando suas costelas, cintura e quadris e, ingenuamente, achou que aquele era o momento de quebrar o beijo.

— Acho melhor... a gente voltar. — Kihyun ainda estava de olhos fechados quando disse aquilo, e seus dentes rasparam o próprio lábio inferior, como se sua boca se recusasse a se desprender daquele sabor.

Hyunwoo soltou um suspiro pesado, tocou sua testa à de Kihyun e assentiu devagar. Parar de beijá-lo era, provavelmente, uma das coisas mais difíceis que ele já tivera que fazer; mal conseguia se mover, porque o corpo reprovava a ideia de abrir qualquer espaço, mas o próprio Kihyun apoiou as mãos em seu peito e o afastou suavemente para se levantar.

Eles saíram do coreto juntos, levaram as bebidas com eles e o silêncio perdurou durante o caminho até a hospedaria. Havia um embaraço palpável, mas não incômodo em cada passo, e Kihyun se sentiu de novo como um patético adolescente por sentir vontade de rir pelo que tinham acabado de fazer. Sequer tinha como culpar a bebida, porque não estava mais bêbado àquela altura.

Já era tarde quando chegaram, o suficiente para não esbarrar com ninguém na entrada. Kihyun hesitou antes de entrar em casa, a energia agradável das últimas horas aos poucos se desvanecendo até Hyunwoo interromper qualquer fluxo negativo de pensamento.

— Não vai me levar até o meu quarto? Pensei que fosse um anfitrião melhor, sunbae.

Kihyun revirou os olhos, mas a curva de um sorriso se fez presente em seu rosto. Ele ergueu uma das mãos, como se indicasse o caminho e Hyunwoo foi à sua frente. Ele hesitou quando chegaram diante da porta do quarto número sete, a mão forte girou a maçaneta devagar, exibindo apenas uma fresta, mas parecia tão cedo para se despedir.

De tudo que Hyunwoo sabia sobre o chef, não era difícil prever os próximos passos de Kihyun. Era provável que aquela noite entrasse em sua lista de arrependimentos, e era possível que Hyunwoo se magoasse mais com isso do que queria admitir. Ele tinha plena consciência de que uma porção de coisas inusitadas estavam acontecendo durante as últimas horas — e dias — e, por isso mesmo, não queria deixar Kihyun ainda.

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