Capítulo Vinte e Dois

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Quando Minghao errou o ponto do molho naquela manhã, estava esperando por uma bronca daquelas

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Quando Minghao errou o ponto do molho naquela manhã, estava esperando por uma bronca daquelas. Nem precisou que o avisassem que tinha pesado a mão para saber que precisaria refazer, mas o sangue gelou quando ele sentiu aquela presença conhecida em suas costas.

Yoo Kihyun observou a panela por cima de seu ombro, mas ao contrário do que esperava, ele não franziu o olhar nem repuxou seus lábios, descontente. Ele apenas deu um suspiro resignado e, com sua voz mais tranquila, confirmou o que Minghao já sabia.

— Tá muito grosso, mas dá tempo de refazer.

Minghao concordou de imediato e voltou ao trabalho, mas Jieun, Bora e Junhui se entreolharam em completo choque.

Na hora do almoço, quando os quatro se juntaram para comer, o tópico da conversa não poderia ser diferente deste.

— Ele anda de bom humor nos últimos dias — Bora disse, apontando o jeotgarak para os outros. — Tá menos nervoso, mais compreensivo.

— Aquele garçom novo quebrou uns dois copos esses dias e ele só aceitou, sem bronca. O garoto estava se borrando de medo e não aconteceu nada com ele — Jun continuou e então se inclinou para frente, falando mais baixo. — O que vocês acham que aconteceu?

— Isso começou depois daquele trabalho de buffet — Jieun devaneou — e pelo que eu entendi, era a cidade da família dele. Pode ser que rever os parentes tenha deixado ele calmo.

— Onde que rever parente deixa alguém calmo? — Bora argumentou — Eu acho que não foi só isso.

— Ele deve tá transando. — Minghao se manifestou pela primeira vez. — Vai ver, ele arranjou alguém pra liberar o estresse do dia.

— Nossa, mas como você é safado. — Jun deu um tapinha na perna dele, mas todo mundo riu.

— Eu acho que é a opção que faz mais sentido, também — Bora concordou — A gente não sabe nada da vida pessoal dele, mas eu duvido que essa calma toda seja por amor de parente, e não por um chá bem dando de pi...

— Ei, gente — Hyunwoo chamou, e os quatro pararam de conversar — Desculpa interromper, tá enchendo. Precisamos de uma mão.

Eles concordaram, e Junhui deu sua última garfada antes de perguntar:

— Vocês acham que o sous chef sabe de algo? — Foi apenas um sussurro, mas tudo que recebeu foi um dar de ombros duvidoso dos outros três enquanto se apressavam para voltar ao trabalho.

Hyunwoo não ouviu nenhuma palavra daquela fofoca, porque sua mente estava bastante ocupada. Precisava ficar de olho no ponto da carne do pedido da mesa dez, no molho picante para o frango da mesa dezessete, na sopa de entrada na mesa vinte e um...

Nos quadris de Yoo Kihyun se remexendo enquanto ele movia uma colher de pau dentro da panela.

Já fazia alguns dias que eles estavam assim, roubando olhares furtivos, se tocando desnecessariamente, falando em códigos que apenas eles compreendiam. No horário de expediente, eles se trancavam nessa bolha translúcida e, quando eles fechavam as portas, tudo que estava dentro dela escapava.

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