▬ 008 𝘣𝘳𝘰𝘬𝘦𝘯.

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CAPÍTULO OITO
Eu queria não me lembrar da minha vida humana. Talvez assim, eu pudesse ser outra versão de mim, uma versão mais feliz.

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O VENTO GLACIAL soprava vigorosamente pelas ruas e floresta de Forks, a escuridão da noite de sexta-feira obrigava todos a ficarem em casa, parecia uma típica noite de filme de terror

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O VENTO GLACIAL soprava vigorosamente pelas ruas e floresta de Forks, a escuridão da noite de sexta-feira obrigava todos a ficarem em casa, parecia uma típica noite de filme de terror.

E isso me agradava. Eu desfrutava da luz amarelada do sótão, do puff cor creme e aconchegante junto com uma manta — mesmo que eu não estivesse sentindo frio algum — enquanto a música Roslyn de St. Vincent & Bon Iver ressoava pelo cômodo. O papel envelhecido sob minhas mãos e finalmente o sentimento de que eu estava sozinha e em paz. Eu gostava disso.

Em minha outra mão, eu segurava uma fotografia em preto e branco, o casal já conhecido por mim — graças a diversas cartas de amor — sorria em direção a câmera, enquanto atrás estava o Coliseu, o dia parecia estar ensolarado a julgar pelas sombras em seus rostos, provavelmente o sol do meio-dia ou talvez às duas da tarde.

Parecia uma lembrança feliz. O homem parecia que a qualquer momento rasgaria sua boca de tanto sorrir, enquanto os olhos da mulher exalavam carinho e realização. Eu sorri, tocando a fotografia com o dedo indicador e sentindo o mesmo que os dois por ninguém em específico.

Deixei a foto de lado e abri mais um envelope, como se tivesse sido endereçado ao meu nome e endereço. Era como ler um livro e mergulhar nele, sentir ele, cada frase, palavra e vírgula.

"Que suprema felicidade foi hoje a minha, queria desta alma! Como tu estavas, linda, terna, amante, encantadora! Nunca te vi assim, nunca me pareceste tão bela! Que deliciosa variedade há em ti, minha Rosa adorada! Possuir-te é gozar de um tesouro infinito, em esgotável. Juro-te que já não tenho mérito em te ser fiel, em te protestar e guardar esta lealdade exclusiva que te hei-de consagrar até o último instante da minha vida: não tenho mérito algum nisso. Depois de ti, toda a mulher é impossível para mim, que antes de ti não conheci nenhuma que me pudesse fixar."

Se eu recebesse palavras como estas, eu certamente me sentiria no topo do mundo, inabalável, segura.

Logo o som da chuva torrencial que caia lá fora se fez presente, misturando-se com a melodia do meu MP3 e isso só deixou o clima ainda mais agradável e apropriado.

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐲𝐨𝐮 | 𝐀𝐥𝐢𝐜𝐞 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Where stories live. Discover now