CAPÍTULO QUINZE ❝— Talvez eu tenha chegado ao meu limite da solidão.❞
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EU PASSARA A NOITE inteira pensando em formas de me aproximar de Alice e talvez isso tenha me salvado de mais uma noite repleta de solidão.
Eu estava sozinha, mas Alice fazia morada em meus pensamentos e isso me salvou do abismo da noite.
Seu abraço repentino tem repetido como um looping infinito em minha mente, o cheiro de gardênia era tão inebriante e forte que por alguns momentos parecia que Alice realmente estava ali, a memória dos seus braços presos envolta do meu pescoço ainda estava fresca.
Será que seu coração de mármore se agitou como o meu?
Desde a primeira semana eu já sabia que gostava de Forks, mas depois de conhecer Alice, eu passei a amar a cidade pacata. Ela me dara Alice de presente, unira nossos caminhos.
Será que o que sinto por Alice era apenas curiosidade, carinho ou fruto da minha teoria louca? Eu não sabia dizer.
Neste momento eu gostaria de ter um celular, qualquer coisa que me permitisse a conversar com ela, saber como tinha sido sua noite ou qual roupa usaria hoje.
Segundo Hayley, eu parecia uma idosa da terceira idade por não querer um celular. Em pleno dois mil e oito, todos haviam celulares, mas eu ainda me assustava com a tecnologia avançada dos aparelhos.
No entanto, eu deveria reconsiderar ter um, assim eu poderia enviar mensagens para ela.
Toda vez que Alice passava por mim eu sentia uma agitação diferente no estômago, mesmo que sua aparência fosse tão delicada e sua voz tão mansa, a vampira me intimidava, parecia que a qualquer momento eu teria um piripaque ao olhar para o seu rosto angelical.
Eu já tivera algumas pequenas paixões ao longo da vida, verdade seja dita.
Um tempo antes da transformação, eu havia tido interesse por uma garota. Eu ainda não sabia que era algo romântico, naquela época não se falava muito sobre amor entre pessoas do mesmo gênero, mas eu já sabia que nutria um carinho intenso pela garota. Eu nunca lhe disse como eu me sentia, tinha medo de ser taxada como louca — de novo.
