CAPÍTULO QUARENTA E DOIS
❝— Você parece ser o tipo de pessoa que carrega o mundo nas costas mas mantém o sorriso para não preocupar os outros.❞EU CORTAVA GARRAFAS DE PLÁSTICO enquanto Casey separava todos os itens que precisaríamos, estávamos sentadas no chão da minha sala e o som melodioso da música Cold ressoava pelo cômodo. Eu não estava em um bom dia e músicas com tons melancólicos era a minha droga, já que eu era incapaz de sequer fumar um cigarro.
Eu me concentrava na música e na tesoura em minha mão, tentando cortar o mais reto possível — por mais que isso fosse inútil no final das contas.
— Música boa, mas triste. Você está bem? Podemos fazer isto na semana que vem se preferir - sugeriu Casey enquanto me fitava.
Parei de cortar e a olhei, desviando todos os meus pensamentos e focando na humana a minha frente. Pestanejei. — Música triste é minha religião — sorri em sua direção.
— Isso é incomum - observou, ela não sorrira em minha direção como eu pensei que fosse fazer. - Se quiser um ombro amigo, estou aqui.
— Eu não choro.
— Como não?
— Nunca. Em hipótese alguma. Você pode me dizer a coisa mais triste do mundo e eu não derrubarei uma lágrima.
— Sabia que corpos de bebês nos braços de suas mães foram encontrados no mar, congelados, quando o Titanic afundou? - esperou alguma reação minha, mas a única coisa que recebeu fora um olhar triste.
Eu sabia disso, não apenas pelo filme de 1997, mas porque na época em que tudo aconteceu eu tinha treze anos e só se falava disso, lembro-me bem de chorar ao ver os jornais enquanto minha genitora ordenava para que eu me calasse pois o som do meu choro a irritava.
— Nenhuma lágrima? Sério? Você já assistiu ao filme?
— Centenas de vezes.
— Eu fiquei melancólica por um mês inteiro lembrando desta maldita cena! - resmungou, pude ver seus olhos brilharem, ela logo olhou para cima, provavelmente evitando que uma lágrima caísse por eles.
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𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐲𝐨𝐮 | 𝐀𝐥𝐢𝐜𝐞 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧
Fanfiction༄ 𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐲𝐨𝐮 𝘈𝘭𝘪𝘤𝘦 𝘊𝘶𝘭𝘭𝘦𝘯 𝘧𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤! ❝𝐀̀𝐬 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬 𝐮𝐦 𝐦𝐨𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞́ 𝐬𝐮𝐟𝐢𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜𝐞𝐫 𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐞 𝐚̀𝐬 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬 𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐧𝐚̃𝐨 𝐞́ 𝐨 𝐬𝐮𝐟𝐢𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐞𝐬𝐪𝐮𝐞𝐜...