▬ 041 𝘮𝘺 𝘔𝘢𝘳𝘺 𝘉𝘳𝘢𝘯𝘥𝘰𝘯.

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CAPÍTULO QUARENTA E UM
— Não importa para onde iremos, Mary, contanto que estejamos juntas, se você não soltar minha mão, não soltarei a sua.

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ERA COMO ACORDAR DE UM TRANSE doloroso e longo demais, pestanejei, o fone do meu MP3 ainda estava em meus ouvidos e meu coração latejou ao ouvir o som do violão que tocava, seguida de uma voz masculina e rouca, logo percebi se tratar da música Let...

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ERA COMO ACORDAR DE UM TRANSE doloroso e longo demais, pestanejei, o fone do meu MP3 ainda estava em meus ouvidos e meu coração latejou ao ouvir o som do violão que tocava, seguida de uma voz masculina e rouca, logo percebi se tratar da música Let Me Sign.

Por mais dilacerante que fosse, aumentei o som até o último enquanto observava as gotas da chuva torrencial que caia do lado de fora bater no vidro da janela, escorregando por ela, parecendo as lágrimas que jamais cairiam dos meus olhos.

Não importava o quanto eu sorrisse quando a luz do dia iluminava o céu e a cidade, a dor ainda estava lá, a nostalgia contundente ainda permanecia em meu peito e mente, a lembrança de Alice sorridente tentava preencher meu coração vazio, mas não funcionava. Não quando ela estava em um endereço desconhecido e bem longe de mim.

Meus pensamentos me levaram para o começo do ano de 1920, era tarde da noite e a voz de Alice estava rouca de sono, mas ela permanecia acordada porque era mais uma noite onde minha crise de ansiedade marcava presença.

Ela cantarolava com sua voz rouca, num tom que só eu poderia ouvir, provavelmente sentada no chão com seu ombro esquerdo apoiado na gélida parede branca, a lateral do seu rosto da mesma forma e sua mão encostada na parede, na mesma direção que meu corpo estava do outro lado daquela camada fina de Wood Frame, placas estruturais de madeira pinus.

E então houve uma pausa, lágrimas quentes desciam sob meu rosto gelado.

'Quando sairmos daqui, poderíamos viver juntas.' Sugeriu de repente. A ansiedade do meu peito fora substituída por uma empolgação crescente.

'Poderíamos ir para o Canadá, dizem que os canadenses são receptivos.' Eu concordei.

'Eu vejo você no meu futuro, Madeline. Eu só não sei se estaremos no Canadá ou Estados Unidos, mas eu a vejo comigo.' Sua voz era firme, sincera. Eu sorri.

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐲𝐨𝐮 | 𝐀𝐥𝐢𝐜𝐞 𝐂𝐮𝐥𝐥𝐞𝐧Where stories live. Discover now