Capítulo 82

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🚫 Tortura física e psicológica explícita

Meio acordada Meio apagada É assim que eu me encontro

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Meio acordada
Meio apagada
É assim que eu me encontro.
Olhos fechados, corpo imóvel, mas ouvindo tudo ao redor. Passos iam e vinham, risadas, diálogos machistas...

Aos poucos vou conseguindo mover os dedos das mãos, dos pés e um pouco do pescoço.

- Ela acordando! - ouço alguém dizer.

Após isso ouço mais passos.

Com o passar dos segundos, vou conseguindo sentir melhor o meu corpo, ainda sentindo uma sensação de formigamento.
Mas a sensação de formigamento é substituída por uma dor insuportável que fez meu corpo se contorcer...

Minha cabeça está latejando, e sensações estranhas em lugares que eu não deveria sentir também estão presentes.
Eu fui sexualmente violada...

Perceber isso me fez chorar, ainda de olhos fechados. Eu só quero gritar... Correr...
Sei que isso será ainda pior que a última vez, não sei se vou suportar...

- Abra os olhos, vadia!- ouço uma voz grave esbravejar.

No primeiro segundo que abri um pouco dos olhos inundados de lágrimas, senti meu corpo ser puxado para cima e minhas mãos serem algemadas.
Comecei a soluçar, enquanto meu rosto se molhava com as lágrimas que saiam dos meus olhos. Senti também minha garganta seca, e um insuportável gosto de sangue.

Rapidamente me lembrei...

Levine...

Isso fez meus olhos abrirem de vez, passeando por todo local onde eu me encontrava.
A vi num canto, encostada na parede, ainda pálida.
Levine me olhava com tristeza enquanto eu tentava analisar todo seu corpo.

- Não fizemos nada com ela, não recebemos a ordem!- um dos homens diz.

Olhei para os dois que estavam em minha frente.
Homens velhos e nojentos. Ambos me olhavam com a mesma feição de malícia, isso me fez querer vomitar.

- Quem são vocês?- perguntei ainda com um pouco de dificuldade.

- Isso não é importante, gracinha. - o cara que aparenta ser o mais velho respondeu.

Após isso ele pegou uma garrafa de água e caminhou em minha direção. Tentei recuar, mas já estava colada na parede.

- Não vamos mais machucar você. Teve a sorte de estar inconsciente, pois vão fazer você sofrer mais ainda sem nenhuma droga ingerida no seu corpo.- ele diz.

Ainda permaneci em negação mesmo morrendo de sede, mas fui praticamente obrigada a abrir a boca.

O velho despeja a água gelada com o mínimo de delicadeza, no entanto não engasguei.

Um doce pesadelo Where stories live. Discover now