NÃO QUERO ATRAPALHAR

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Capítulo 15

Amanda
Acordei na manhã seguinte nos braços de Antônio, nua e envolta em lençóis. Os primeiros raios de sol invadiam o quarto, iluminando nossos corpos entrelaçados. Uma sensação de calor e contentamento se espalhou por mim, apesar de todas as incertezas que cercavam nossa situação.

Olhei para o rosto tranquilo de Antônio enquanto ele ainda dormia, pensando nas emoções intensas que compartilhamos na noite anterior. Sabia que tinha uma decisão difícil a tomar, não apenas sobre meu relacionamento com Henrique, mas também sobre minha amizade de longa data com Antônio.

Cautelosamente, me desvencilhei de seus braços, procurando uma de suas camisas no chão para me cobrir. Caminhei em silêncio até a cozinha, desejando um momento de reflexão.

Enquanto preparava uma xícara de café, minhas lembranças da noite anterior voltaram à mente. As conversas com Henrique e Antônio ecoaram em meus pensamentos. Eu sabia que era hora de enfrentar as consequências das minhas escolhas e tomar decisões que iriam impactar profundamente o meu futuro. Era hora de entender meus sentimentos e encontrar clareza em meio a toda a confusão que havia criado.
Eu estava na cozinha, mergulhada em pensamentos, ouvi passos se aproximando. Era Antônio, ainda vestindo apenas uma boxer.

Bom dia linda. - Ele disse com um sorriso tímido, claramente consciente da situação delicada em que nos encontrávamos.

Bom dia. - Respondi, tentando sorrir de volta, apesar do nervosismo que sentia.

Ele se aproximou, me deu um beijo suave nos lábios e pegou uma xícara de café, mantendo o silêncio por um momento, como se também estivesse buscando as palavras certas para começar.

Sobre ontem à noite... - Antônio começou, mas hesitou. - Eu não quero que você se sinta pressionada, Amanda. Eu só... Eu não podia mais controlar o desejo que sinto por você.

Olhei para ele, vendo a sinceridade em seu rosto. Era evidente que, como eu, Antônio também estava em uma encruzilhada emocional.

Nossas vidas deram voltas estranhas desde que você voltou para o Brasil.

Ele assentiu, parecendo pensativo.

Eu não esperava que as coisas se tornassem tão complicadas. Mas, Amanda, eu quero que você saiba que estou disposto a lutar por nós. Se você me der uma chance, eu...

Antônio, eu preciso de tempo. - Interrompi gentilmente. - Tudo isso aconteceu muito rápido, e eu não consigo tomar uma decisão no calor do momento. Preciso entender o que sinto e o que é melhor para mim.

Ele pareceu desapontado, mas aceitou minha resposta.

Eu entendo, Amanda. Eu só quero que saiba que estou aqui, esperando por você.

Sorri, acariciando seu rosto.

Obrigada, Sapatinho. - Falei, tentando aliviar a tensão no ambiente.

- Desculpa, mas você fica incrivelmente sexy usando só uma camisa minha. Eu corei e Antônio riu, e aquela risada era uma lembrança de tempos mais simples e felizes.

Parece que eu preciso ir para casa pegar minhas roupas. - Brinquei.

Pode ficar. Eu amo ter você aqui comigo.- Murmurou. - Vou fazer panquecas de café da manhã para nós dois.

Enquanto Antônio começava a preparar as panquecas , eu percebi que já estava quase na hora do meu plantão.

Antônio, eu adoraria ficar aqui mais tempo, mas preciso ir para o hospital. - Expliquei.

CORPO EM CHAMAS (DOCSHOE)Where stories live. Discover now