Carta.

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Will, uma e trinta e sete da manhã

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Will, uma e trinta e sete da manhã.

Antes de pegar essa caneta, eu estava  assistindo aos meus colegas de cela dormirem. Ainda é estranho pensar que eu tenho alguns. É estranho pensar que há pessoas com histórias tão profundas, dolorosas e até cruéis, ao meu lado.

Algumas que estão aqui são vítimas, no fim. Alguns outros apenas fizeram os outros de vítima e a régua moral, nesse lugar,  se estica e encurta, me deixando confuso, o tempo inteiro.

Mas eu penso muito sobre eles, Em. Sobre todas as pessoas que eu estou conhecendo e sobre os pedaços de mim que venho perdendo, nesse lugar.

Eu me pergunto se eles terão alguém esperando-os, lá fora. Eu me pergunto, sobre aqueles que cometeram crimes por amor -afinal, é isso que move muitas das pessoas aqui dentro — se eles ainda terão os seus, quando saírem. Ou se aqueles ainda os amarão.

Se você ainda me amará.

E, quando todas os questionamentos me atormentam, eu apenas me sinto confuso. Quando me sinto confuso, penso em você.

Mentira. Eu penso em você toda hora e acho que isso é a única coisa que me faz respirar, quando sinto todas as colunas de ar me pressionarem contra as paredes.

Não sei o que fazer, Emmy. Não sou bom com palavras, mas eu disse que te escreveria, como um prisioneiro de guerra. Então, vou te dar um relato, de como foram os primeiros dias.

É assustador. Nao há nenhum tipo de felicidade aqui, e Kai está se transformando rápido demais. Ele fala pouco, bate muito e mal parece um ser humano. Tenho medo desse lugar, mas tenho pânico de quem poderemos ser, quando sairmos.

A comida é ruim. Não tem o conforto dos temperos de Meredith, dos seus brownies ou dos assados da minha mãe, e acho que aprenderei a valorizar isso melhor, quando eu puder sair.

Sei que não é a pior penitenciária do mundo, e nem mesmo da região, mas é tudo fúnebre e sem cor. E eu não digo isso apenas do espaço, dos ferros, ou das paredes. As pessoas são sem cor. E, aqui, não sei em que momento poderei fazer piadas, para tentar torná-las mais felizes.

Até porque dar sorrisos aqui parece até uma ofensa a todos os que estão sofrendo.

Ontem, eu fiz isso. Eu dei um sorriso e me senti fodidamente mal, mas não tive como evitar.

Quando eu estava prestes a dormir, tentei ajustar os travesseiros e percebi que eles haviam sido trocados, provavalmente, no instante em que saímos para tomar sol. Fiquei feliz de estarem com um cheiro bom, e nunca achei que pudesse perceber algo tão minúsculo, quanto aquilo.

A pequena sensação de conforto me fez pensar em nós e em como eu me sentia bem, quando você me segurava, ou quando eu era o responsável por fazer isso. Então, te imaginei em seu dormitório, na faculdade.

Imaginei que, talvez, você estivesse conversando com aquela sua amiga, e eu não me lembrava o nome dela. -Me senti mal por não me lembrar, porque você já falou várias vezes, mas eu não consigo prestar atenção em nada, quando sua boca está se mexendo, porque você é muito linda-. Então, você conversava, estando confortável e feliz naquele cubículo, ela perguntava sobre o seu namorado presidiário e você ria, porque a nossa situação era tão absurda, que era quase engraçada.

Sei que você não deve estar rindo, mas imaginei que poderia estar e isso me deu vontade de rir.

Imaginei que você poderia ter pego um pouco da minha capacidade de fazer brincadeiras de tudo, já que eu me sentia drenado, e ela devia ter sido transferida, já que nenhuma energia se perde na natureza -ao menos foi o que eu aprendi. Nunca prestei muita atenção nas aulas de física, porque, bem, você estava nelas-.

Imaginei você com um pouquinho de mim, nisso. E com um pouquinho mais de mim, porque estaria usando o casaco que deixei, propositalmente, no seu dormitório, pois eu amava a ideia de você coberta com aquilo nos corredores da faculdade, enquanto estivesse longe de mim. Porque assim, os homens saberiam que você já tinha alguém, para lhe dar roupas enormes.

Imaginei você segurando o ursinho que comprei, desejando que eu tivesse lembrado do nosso aniversário de namoro, e desejando que esse fosse o nosso maior problema, agora.

Eu ri, pensando em você. E me senti mal, porque eu não deveria rir.

Você sempre achou que eu era o responsável por lhe trazer felicidade, mas nunca percebia o efeito que causava em mim. Nunca percebia que ouvir a sua risada era a minha maior satisfação, e nada me fazia mais feliz, do que ver a minha garota contente, por me ter por perto.

Emmy, não sei se vou aguentar. Estar preso é horrível, mas estar longe de você, sem ter notícias e sem poder ver o seu rosto é cruel.

Me escreva de volta.

Talvez, eu mude de ideia sobre você vir me visitar. Talvez, eu queira que veja o quão lindo fico de laranja, e a minha nova cara de malvado. Talvez, eu precise recuperar alguma coisa da minha alma. Talvez, eu só precise ver o seu cabelo e preciso que grite comigo.

Eu preciso de você. Minha cabeça te chama a cada instante e está sempre retornando ao seu rosto, e aos dias mais completos de toda a minha vida, de quando estive ao seu lado.

Eu te amo, minha Emmy.

Não sei quem vou ser, quando eu sair daqui, e eu sei que eu tenho muito a viver com, mas eu prometo que isso nunca vai mudar. E que eu nunca vou deixar de te abraçar, tudo bem?

Com amor,
do seu gatinho.




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Galera!!!

O que vocês preferem que eu publique primeiro? O capítulo da Emory com o Damon/ com a Banks, ou o conto do Ivarsen com a Finn (e com os outros personagens em suas versões pais, também kakaka)

NIGHT CHANGES | Will Grayson - DEVIL'S NIGHTNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ