NIGHT CHANGES | Will Grayson - DEVIL'S NIGHT

Noite do Diabo

DIFERENTEMENTE DOS OUTROS, esse será dividido em três partes + uma carta.

⚠️ custa nada deixar um comentáriozinho e deixa a autora super feliz 😭😭😭

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Peguei o cigarro da bancada e traguei entre os meus dentes, enquanto eu escutava Kai e Damon reclamarem sobre o meu silêncio.

Jesus, Emmy me mataria se me visse fumando. Mas a presença de Damon era um pouco contagiante, nesse sentido. E eu estava estressado o suficiente para desejar aquela merda, aquecendo os meus pulmões.

Kai tomou aquilo da minha mão. Damon revirou os olhos e bateu no meu peito, assim, gratuitamente.

—Que merda deu em você, para chegar e não nos avisar? -Kai reclamou, pela décima vez seguida.

Ah, o amor...

—Cheguei ontem. Tarde da noite.

—Ainda assim, porra.

Os meninos estavam me crucificando por uma coisa minúscula, mas eu não ia me fazer de idiota. Eu entendia aquela frustração, porque, afinal, nós estávamos nos vendo muito pouco. Cada segundo era importante.  Eu devia ter avisado a eles que chegaria em Thunder Bay.

Eles estavam na cidade há algumas semanas, por conta das férias de primavera, e eu me encontrei excluído dos encontros por aquele tempo. Estive com minha família em Miami, por um período, e passei outra temporada beijando os pés de Emmy, na Califórnia, porque é claro que ela tinha que arrumar algum projeto universitário de verão, me deixando agoniado.

Tá. Porra, eu sei que o motivo de ela se enfiar nessas coisas é para se manter longe de Thunder Bay o máximo possível. Eu sei que ela não quer estar perto, por conta daquele merdinha do seu irmão, mas ainda assim me intriga. Odeio não ter Emmy pertinho de mim. Já basta todos os meses letivos, ou as semanas que ficamos sem nos ver por conta da faculdade...

É véspera de Halloween, cacete.  Nós deveríamos estar caminhando de mãos dadas pelas ruas, escolhendo alguma fantasia brega de casal.

—Quero saber por que não veio antes. -Damon exigiu, como se mandasse em mim —O que diabos você tinha a fazer em Miami? Se ao menos seu par de peitos favorito estivesse lá, eu entenderia a sua demora. Mas, porra cara...

Suspirei.

Eu estava com meu avô. Eu estava evitando voltar a Thunder Bay, sabendo que eu precisava visitar meus pais, porque, primeiro: eu tinha um monte de cartas do reitor de Princeton direcionadas aos meus progenitores, já que, aparentemente, eu faltei aulas demais para viajar e ver Emmy, e isso me causaria algumas reprovações. E, segundo: era difícil para caralho respirar o mesmo ar que Martin Scott.

Só de pensar que ele estava caminhando nas ruas, com seu semblante de super herói, e sem ninguém lhe causando hematomas no rosto, eu ficava doente.

—Estava evitando você, D, é claro. -respondi.

Ele revirou os olhos.

—Cala a boca, porra. Você me ama.

Eu quem revirei os olhos, agora, apesar de não ser mentira.

Segundos depois, Kai me joga um protetor solar, que eu pego no ar.

—Vamos à praia. Tem um monte de garotinhas de biquíni bonitinhas, para nós. -D explicou.

Empurrei Damon de perto de mim, antes de soltar uma pequena risada.

—Vou ter que dispensar, cara. -falei, mantendo o sorriso —Nenhuma delas é tão gostosa quanto a minha namorada.