E se o Will tivesse corrido atrás da Emory, quando ela fugiu, com lágrimas nos olhos, pelo corredor da escola? E se eles tivessem namorado, no ensino médio?
"-Diga o que sente por mim, de verdade. -Will pediu, parecendo um cachorrinho perdido e dese...
Quebrando um pouco o que vocês estavam vendo, agora será uma sequência de quatro capítulos (2 contos, cada um com duas partes) da segunda geração ❤️
Posteriormente, voltarei à primeira ❤️
Espero que vocês gostem.
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Finn Grayson
Eu herdei o cabelo da minha mãe.
E não que seja um incômodo, até porque, para ser honesta, eu acho bem bonito mas... eu realmente gostaria que Will conseguisse compreender isso.
Eu demoro a colocar os fios nos lugar, até que eles estejam bagunçados na medida, fazendo-me parecer despojada, mas nunca desleixada. Assim como eu demoro para fazer as minhas olheiras sumirem e para ajustar a minha roupa até que ela caia perfeitamente em meu corpo.
E eu odeio que me apressem, quando estou me arrumando.
Que inferno, se não fosse seus malditos treinos de basquete no primeiro horário, ele provavelmente ainda estaria na cama, enrolando para ir à escola. Mas é claro que, agora, ele tinha que encher a porra do meu saco...
—Finn! -ele grita — Eu vou te esperar no carro. Não faça a gente perder tempo!
Com a gente, Will se referia a ele próprio e ao nosso motorista, que já estava acostumado com aqueles pequenos conflitos matinais.
Eu respirei fundo. Eu não quero ir para a escola.
Não importa o quão deslumbrante a minha aparência esteja, ou o quanto minha roupa está bonita para desfilar pelos corredores, mas... ainda me sinto um trapo de merda.
Beber não me faz bem. Brigar com Ivar e gastar minha energia odiando-o não me faz bem. Saber que a escola inteira viu aquilo, me dá vontade de me enterrar em um buraco para sempre.
Mas... foda-se. Eu não vou receber nenhuma falta, por estar constrangida. Eu não vou deixá-lo ter aquele controle sobre as minhas ações, e eu definitivamente não estou interessada pela reputação que nós carregamos.
Respirando fundo, eu pego a minha mochila e desço pelas escadas, em direção à cozinha.
Degrau por degrau, eu escuto aquele som se aproximar. As risadas preguiçosas de uma manhã, antes de eles dois irem trabalhar.
E, se o meu plano era apenas pegar algo para comer no caminho, de repente, me encontro em um daqueles momentos bonitos. Não posso evitar espiar por alguns segundos, não me importando se meu irmão estava sem paciência ou não...
