𝗟𝗢𝗩𝗘 𝗠𝗜𝗦𝗦𝗜𝗢𝗡 - 𝗕𝗘𝗔𝗨𝗔𝗡𝗬

052

𝗔𝗡𝗬 𝗚𝗔𝗕𝗥𝗜𝗘𝗟𝗟𝗬
𝗟𝗢𝗦 𝗔𝗡𝗚𝗘𝗟𝗘𝗦

-

Acordo com a luz do sol invadido meu quarto, bufei ao lembrar que tinha esquecido de fechar as cortinas na noite anterior...

Ou eu fechei?

Levantei-me rapidamente e fui checar a porta da sacada que se encontrava entreaberta. Um arrepio percorreu meu corpo, eu havia fechado a porta da sacada e eu havia fechado a cortina.

Eu não estou ficando louca.

O pânico se instalou em meu corpo, e se alguém tivesse invadido minha casa?

- timmy? - gritei desesperada pelo cachorro

Normalmente quando eu acordo timmy esta logo no meu pé, mas hoje, hoje foi diferente ele não estava em meus pés.

Sai do quarto rapidamente para ver minha sala revirada.

- meu deus - murmurei em pânico

Corri de volta para o meu quarto e me tranquei lá dentro, a primeira coisa que fiz foi tentar pegar meu celular e discar o número da emergência. Minhas mãos tremiam e o suor escorria pela minha testa.

- alô? - murmurei no telefone

- 911 em que posso ajudar? - a moça do outro lado da linha perguntou

- eu acho que alguém invadiu minha casa essa madrugada

- onde a senhora mora? - perguntou

- eu moro na east boulevard 456, meu cachorro sumiu eu preciso de alguém aqui rápido - supliquei em tom de desespero

- a viatura está a caminho senhora, peço que fique na linha até a viatura chegar até o local - a moça pediu

- certo - murmurei indo até o banheiro

Sentei-me na privada, minhas mãos tremiam e minhas pernas não paravam, estava nervosa, estava em pânico, timmy havia sumido, alguém havia entrado na minha casa sem eu saber.

- senhora, a viatura já está perto do local - a moça avisou

- certo, eu estou no meu banheiro, é no final do corredor - falei assustada

O mundo ficou em silêncio por longos minutos até que a sirene da viatura pudesse ser identificada. Suspirei rapidamente aliviada, mas ainda sim estava tensa.

- eles chegaram, irei desligar, obrigada - disse antes de desligar a ligação

Consegui escutar os barulhos da porta tentando ser aberta do meu banheiro, aos poucos a tensão foi se dispersando pelo meu corpo. Ainda sim permaneci calada até escutar uma voz familiar.

- polícia de Los Angeles, tem alguém em casa? - soou uma voz familiar.

Não pode ser.

- aqui - gritei

Escutei os passos se aproximarem cada vez mais, torci para que minha intuição estivesse errada por pelo menos uma vez na vida. Assim que a porta do quarto foi aberta, o avistei em seu uniforme, o cabelo arrumado como de costume, era ele mesmo.