Capítulo 4

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Essa pestinha não desgruda os olhos de mim, e pra piorar, eu também não consigo desviar os meus

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Essa pestinha não desgruda os olhos de mim, e pra piorar, eu também não consigo desviar os meus. A danada é linda demais, e ela sabe disso. Que corpo, que lábios, que cheiro.

Gabriel ficou todo interessado pela garota, era óbvio que isso ia acontecer. Juliana é um mulherão de endoidar qualquer homem de verdade, apesar da pouca idade.

Subi as escadas e deixei os dois pra trás, dando um tempo na situação, um tempo para os jovens, mas quando ouvi a Carolina jogar o meu filho para cima da garota, não aguentei. Arrumei uma desculpa, falando que essa mala estava pesada. Só desculpa, tô acostumado a carregar coisa muito mais pesada que isso.

Olhei pra trás e a vi com os olhos em mim.

Que safada. Ela gosta de homens mais velhos, já está bem nítido isso.

Depois que Carol puxou o guri pra cozinha, fiquei lá esperando impaciente a garota subir as escadas. Parecia meio receosa comigo. A vontade de soltar um comentário e falar que eu não mordia, só se pedisse, era forte, mas optei por ficar de boa e na minha. Ela é só uma garota, filha do meu cunhado.

Mesmo assim, como eu não era de ferro e já estava louco por uma mulher, mordi os meus lábios saboreando um pedaço daquela calcinha rosa que Juliana usava. Ao subir as escadas, a cada passo, o meu pau doía mais e mais.

Acho que vou precisar de um remédio pra aguentar, essa garota é uma tentação e parece que não vai se conter até o dia que der o fora dessa floresta.

Bem, isso eu ainda teria que ver, mas minha experiência já tava gritando que ela ia me deixar maluco de tesão ou de ciúmes com o Gabriel.

Eu sou um homem que ama mesmo sem medir as consequências, e isso um dia vai me ferrar demais.

Seus olhos ficaram nos pés enquanto subia, parou na minha frente, um degrau abaixo, e levantou o rosto para me encarar. O rostinho todo vermelho, envergonhada. Linda demais.

— Algum problema? — Eu perguntei fingindo demência pela sua vermelhidão.

— Não, tio.

Meu queixo despencou quando ela me chamou de tio. Meu coração começou a bater forte. Tenho certeza de que ela percebeu que a palavra "tio" me deixou meio desconcertado, nem sei por quê.

Não pode ser que essa fedelha me considere o tio dela, né?

Dei espaço pra ela passar na minha frente e perguntei em qual quarto queria passar as próximas noites.

— Quantos quartos tem aqui?

— Todas essas portas que estão vendo são quartos, menos a no final do corredor.

— Nossa, aqui é grande, né? Foi o senhor que reformou?

— Senhor está no céu.

— “Você”, está melhor?

— Uhum. — respondi sem deixar de notar o quanto a bunda é bem empinadinha.

— Então. — ela virou para mim, e eu tive que levantar os olhos rapidinho. Jogou uma mecha dos cabelos ruivos para trás da orelha. — Onde fica o seu quarto?

— O quê? — Parei abruptamente de andar. Ela também parou.

— É que… — vergonhosa, desviou os olhos dos meus e começou a brincar com a ponta dos cabelos. — É que…

— Quer dormir comigo? — foi a vez do queixo dela cair. Entreabriu os lábios para dizer alguma coisa, mas não falou. Quis torturá-la e esperei mais alguns segundos para ver qual desculpa ela ia inventar, mas parecia que o gato tinha comido a sua língua e a fedelha paralisou no tempo. — É brincadeira, não precisava ficar nervosa. Parei na frente de uma porta e apontei com o queixo para que ela abrisse. — O meu quarto é esse ao lado, algum problema?

Era isso que ela queria, safada.

— É que… eu nunca dormi no meio de uma floresta. — Depositei a sua mala com cuidado na frente do guarda-roupas. —  Me sentiria mais protegida com o senhor… digo, com você ao lado. — sentou, elevou o corpo para trás apoiando as duas mãos na cama e cruzou as pernas.

Engoli em seco e fui até a imensa janela que dava para os fundos da cabana. Uma vista perfeita para os jardins e uma piscina aquecida. Abri as cortinas e a janela para deixar o ar entrar. Estava esquentando demais ali, minha cueca que o diga. Só de ouvir a voz dela macia e provocativa, eu já ficava latejando.

Desculpa esfarrapada do caralho, medo de dormir no meio de uma floresta. Nem estamos no mato, estamos dentro de uma mansão.

— Aqui não tem internet, titio? — ela já estava com o celular em mãos.

— Para com essa porra de "titio", fedelha. — meu sangue ferveu e não segurei as palavras. Em vez de se assustar e pedir desculpas, ela simplesmente sorriu. E que sorriso diabolicamente lindo. — Eu não sou o seu tio. — disse, ao pegar a mala da Carolina e caminhar até a porta.

— Eu também não sou fedelha. — olhei para trás, Juliana me encarava com uma cara de sapeca ousada.

Era uma fêmea no cio e eu louco para me enterrar nessa cadelinha ninfa.

Limpei a garganta e disse:

— Se quiser ir até a cachoeira, me avise. Lá é muito perigoso, ir sozinha com o Gabriel está fora de questão.

— Vai com a gente?

— Como eu disse, ir só com o Gabriel, está fora de questão. — fechei a porta cortando o nosso contato visual. Apertei o meu pau e soltei um xingamento.

Merda de vida.

Juro que não sou assim: um tarado. Mas nunca fiquei tanto tempo sem sexo e isso está me dando uma abstinência fodida.

TITIO  - O CONTOTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon