Capítulo 21

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Me arrependeria amargamente se não fosse atrás dela

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Me arrependeria amargamente se não fosse atrás dela. Deixei o carro sair para organizar a mente melhor. Eu não poderia ir com elas, lá teria muita gente e sumir nós dois daria muito na cara. Então pensei e decidi que ia rapta-la daquele lugar, pelo menos por uma noite.

Tomei um banho, joguei na mochila o que talvez ela precisasse para passar a noite, afinal, não teria como voltar pra cá e depois levá-la de volta.

Lembrei que tem uma cabana velha lá perto, faz anos que ninguém aparece por lá. Sem conforto algum, mas aquela menina do jeito que tá, com o feromônio nas alturas, não ia se importar nem um pouco com isso.

Notei que começou a ventar, vi umas nuvens aparecerem e aquilo não me soou muito bem. Nessa época do ano, quando chove por esses lados, é um temporal difícil de parar.

Os Reis não verificaram o tempo antes de acampar.

Já peguei duas capas de chuvas, lençol, cobertor, alimento e claro... o lubrificante. Dei uma última olhada naquela carta e sorri, como um adolescente. Guardei na gaveta, fechei bem a propriedade e peguei a moto. Fui direto para a cabana, e o tempo só fechando.

A chuva começou, o meu receio era que a estrada que corta o rio para o acampamento fosse inundada pela correnteza. Eles ficariam presos por lá até que a corrente de água baixasse para sair com os carros.

Vi aí uma oportunidade: tirar a Juliana de lá, antes que fiquem ilhados.

Mas teria que esperar até de madrugada, para que ninguém nos vissem. Enquanto isso, dei um trato meia boca nessa cabana velha. Liguei algumas lamparinas quebradas que tinham por aqui, tirei o excesso de teia de aranha, e claro, verifiquei se não tinha aranhas. Juliana tem cara de ter medo de qualquer coisa.

— Que droga! — isso aqui tá pior do que eu imaginava. Várias goteiras.

No meu relógio ainda marcava meia-noite, resolvi me embrenhar na mata e me aproximar do acampamento, antes que a chuva aumentasse. Ainda era cedo para chegar muito perto, poderia ter alguém acordado. E bingo, de longe vi umas lamparinas acesas dentro das tendas.

Juliana deve estar me chamando de tudo quanto é nome, frouxo é uma delas. Essa menina não perde por esperar o frouxo aqui.

A chuva aumentou, a água do rio começando a ficar agitada, os peixes indo para o fundo.

Eu sabia, eles vão ficar ilhados o domingo inteiro nesse lugar.

Desliguei a lanterna e atravessei a estrada, a água tocando os meus pés.

A tenda da Carolina é vermelha, e tem duas tendas vermelhas ali. Comecei a farejar a minha menina no cio, a primeira tenda que me aproximei foi a delas. Abri o zíper.

— Porra, Juliana. — Até a roupa de dormir é sexy. Vou ter que dar um trato nesta garota aqui mesmo. Quase a puxo pelo braço, mas a garota ia gritar e acordar a Carolina.

TITIO  - O CONTOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora