PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)

🍁CAPÍTULO 01🍁

🔸️Louis

AHHHHHHHHHHHHHHH. Eu gritava em dor quando as dores do parto me perfuravam como facas por dentro e minha barriga inchada fazia eu quase explodir.

Está tudo sob controle Sr. Ukerman, apenas deite-se na cama e relaxe, logo vamos ter os dois bebês aqui. Disse a médica ômega que fazia meu parto, seu nome era Molly, eu resolvi ter meu parto em uma clínica médica da minha família onde nada iria vazar, nada de imprensa e nada dos Andreozzi e Lamark me espionando.

Ok, eu estou sentindo correr por entre as pernas. Falei me referindo ao líquido da bolsa que vazava, senti quando a injeção me fez relaxar e as dores pararem um pouco, tempo suficiente para eu entrar em trabalho de parto.

Louis. Empurra, já dá pra ver a cabeça dele. Ouço a voz de Oscar me dizer e logo ele vem me acolher dizendo palavras de confiança, eu jamais poderia pagar o que ele fez por mim e pelos meus bebês nos últimos meses, cada dor, cada choro e sangramento, sempre esteve ao meu lado como um irmão.

Enquanto eu gritava de dor e empurrava o abdômen com uma força sobre-humana eu sentia a ligação queimar com os dois, senti que não poderia mais os bloquear em minha mente e eu tinha uma escolha, ou matar meus filhos, ou simplesmente deixar que a barreira mental caia e eles sintam tudo e me ajudem a fazer o parto.

Bem, nem preciso dizer que optei pelos meus bebês, logo que desfiz a minha barreira mental eu sinto uma força brotar de mim e de repente eu ouço um choro gritante de criança correr a sala e uma das médicas me trazer o meu lindo bebê, como eu chorei, chorei tanto que não pude me conter ao ver ele bem ao meu lado. Peguei ele em meus braços e o acalmei com meus feromonios.

Louis, falta o outro, está quase. Molly falou e as médicas levaram meu príncipe loirinho para ser lavado, então tudo recomeça de novo, as dores insuportáveis e gritantes para que meu pequeno mais novo venha ao mundo, confesso que tive tanto trabalho que pensei que iria morrer ali, mas quando eu temi logo veio outro escândalo na sala e meu bebê nasceu com seus olhos âmbar me fazendo derreter de alegria.

Pegar os dois depois de limpos e ser levado para descansar seria uma das melhores memórias da minha vida, meu corpo estava só os farelos e tudo em mim doía, porém a médica me disse que amanhã mesmo eu teria alta para ir para casa junto aos meus gêmeos lindos.

Já no meu quarto na clínica eu vejo Oscar entrar, ele havia saído para resolver algumas questões burocráticas de registro dos meninos, notei que sua expressão era de muita alegria, talvez ele temesse que eu pudesse morrer no parto, isso era uma probabilidade grande, a julgar pela distância dos homens de Londres.

Lou, ah desculpa, nem percebi que estava dando de mamar, olha que coisa mais linda meu Deus, como é? Doe? Ele perguntou se sentando no sofá e admirando os meus pequenos que já mamavam.

Um pouco, mas é recompensador. Eu me sinto ótimo, pensei que iria ficar na unidade de terapia intensiva, mas a Molly me disse que simplesmente amanhã já podemos ir para casa, isso não é uma benção? Eu falei baixinho.

Deus que me livre de UTI, ele te ajudou muito meu amigo... por um momento eu pensei que lhe perderia. Ele disse com um rosto mais fechado, Oscar havia perdido todos de sua família, só restou ele, seus avós morreram pouco tempo depois que eu cheguei, eles estavam muito fragilizados pela idade e infelizmente partiram.

Nunca, nunca poderia deixar você e meus pequenos sem mim. Eu falei ninando os dois que já estavam satisfeitos com a alimentação.

Em nome de Deus, que assim seja. Falando nisso, já pensou nos nomes? Ele me perguntou com entusiasmo.

Sim, já decidi... o meu loirinho será chamado de Levi, que significa união, o meu cacheado será chamado de Isaac, que significa o filho da alegria. Que a suas vidas sejam unidos um ao outro em completa alegria. Disse deixando as lágrimas caírem, por que por mais que eu os tivesse olhar para os rostos deles e ver que são idênticos aos de quem um dia eu amei e já não posso mais.

Oh meu amigo, não poderia ser mais perfeito, Levi e Isaac, o titiu aqui já quer ninar eles! Ele disse pegando meu loirinho e lambança em seus braços como um bom titio ômega.

Lou, precisa comer, eu trouxe canja de frango. Falou Oscar apontando um prato bem bonito e eu enchi a boca de saliva, estava faminto, ter meus filhotes me deu um cansaço imenso.

Obrigado meu amigo, vou comer tudo. Falei enquanto ele pegava o meu Isaac e os colocava no berço e apagou as luzes do quarto deixando apenas o abajú ligado nos iluminando.

Sei que não é a hora... mas, o que pensa em fazer agora. Ele disse baixinho. Eu sabia o que ele queria dizer, sabia do assunto. Alguns minutos de silêncio pousou sobre o ar e nada falo.

Eu vou levar uma vida simples, vou criar meus filhos sozinho. Falei convencido, era está a minha decisão.

Louis eu irei lhe apoiar em tudo, mas nem pra dizer que os meninos nasceram com saúde? Ele me perguntou com medo, talvez da minha reação.

Não, eles não pensaram neles quando me traia pelas costas, me fizeram de palhaço, de um menino inocente, tudo por dinheiro... Falei tentando me controlar com o choro.

Sinto muito meu amigo, mas agora você é um pai e tem que honrar com seus filhos, se não por você, por eles. Ele disse pegando em minha mão e eu entendi a sua honestidade.

Eu sei, mas é justamente por isso Oscar, quer que eu abra um canal de ligação com eles? Um drogado e um promíscuo? Não, eu quero que nunca mais eles façam parte da nossa vida e eu levarei o peso disso, quando eles crescerem eu irei encarar minha decisão e falar a verdade. Mas eu não levarei o peso da dor de ter que ver meus filhos sendo piorado por eles... nunca, que Deus me castigue por isso. Eu falei olhando para as estrelas e mais uma noite sem puder me esquecer do quão bom era o abraço deles, mas os espinhos do meu coração não me permitiam mais esperar bondade de quem um dia eu amei.

Que assim seja, estarei contigo. Oscar disse segurando minha mão com ternura, ali eu vi que tinha mais que um amigo, eu tinha um irmão agora, um ao outro sozinho no mundo.

Continua...