🍁CAPÍTULO 07🍁

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🔸️Louis

1 semana depois

Sinto muito Louis, ela era uma pessoa muito querida. Falou Oscar sentado no sofá da sala enquanto eu dava a mamadeira de Isaac, hoje de manhã eu soube que minha grande amiga Raela havia partido, eu teria que ir a Londres para participar do enterro dela.

Sim... Eu disse desolado pela situação, eu jamais pensei que fosse tão rápido, eu sabia que ela era idosa, mas nunca pensei que de uma hora para a outra ela partisse, ela era a minha última referência materna que eu ainda tinha, ela quem me acolheu e me ajudou a levantar quando cheguei todo destruído em Londres.

Você vai ao enterro? Ele me perguntou meio triste, eu sabia que depois da partida dos trigêmeos meu amigo havia ficado triste, talvez os três tenham despertado paixões nele.

Sim, eu tenho que ir... preciso resolver algumas coisas lá, mas não quero que ninguém saiba, será coisa de uns três dias, no máximo. Eu falei balançando o meu neném até ele dormir, peguei ele e Oscar trouxe o Levi para o quarto já dormindo em seu ombro. Os colocamos no berço e sentamos na cama que tinha ao lado.

Lou. Falou Oscar bem baixinho.

Pode dizer amigo. Eu falei enchugando as lágrimas que vinham.

Eu andei falando com o Yan... Oscar falou e eu me admirei, então ele havia se afeiçoado mesmo ao alfa.

Nossa, que coisa boa, ele parece ser um bom rapaz. Eu disse com alegria, Oscar havia perdido a oportunidade de ter muitos relacionamentos depois que chegou de Londres, mas sempre dizia que não, que alfas não prestavam e que sempre seria sozinho mesmo, talvez fosse algum trauma por causa do problema que ele teve.

Ele disse que o Max está bem doente, hoje de tarde tiveram que o colocar em hemodiálise. Ele me disse com tristeza, aquilo me deu um nó na garganta, uma dor de angústia que me fazia querer morrer.

O que quer que eu faça? Eu lhe perguntei, vi que seus olhos vagavam com a incerteza do que diria a mim, passou algum tempo até que sua voz saiu.

Eu sei do que houve. . . Eu participei de todo o processo de sua recuperação depois disso, mas eu falo em nome dos seus filhos, se não por você, por eles. Olhe o Isaac, ele é a cara dele, não acha que é uma oportunidade de visitá-lo ao menos, pelo menos para que ele saia do hospital. Afirmou Oscar com determinação.

Eu não sei, estou com medo. Disse deixando as lágrimas caírem.

Você ainda os gosta. Não é? Ele me perguntou com suas mãos em meu rosto.

Sim, eu amo eles, mesmo depois de tudo. Eu olho para os olhos dos meus meninos e vejo eles neles, todo dia, todo momento, tudo me faz lembrar deles e como eles eram. Disse chorando com dor no coração, eu amava os dois alfas, sempre os amei, nunca fui dormir sem pensar neles e em seus cheiros, nunca.

Meu amigo, já se passou o tempo necessário, vocês são adultos, podem se acertar, sabe que os meninos vão adoecer sem a presença do papai alfa deles. Oscar disse com razão, eu olhei para os meus pequenos e os vi saudáveis, se eles adoecerem por causa de mim eu jamais me perdoaria.

Eu não sei o que fazer... Disse olhando no fundo dos olhos dele.

Vamos para Londres, depois de tudo estar estabilizado nós vamos ver o que realmente está acontecendo com os dois alfas, o Cris sumiu do mapa e o Max está internado, podemos descobrir o que aconteceu de verdade. Ele afirmou e eu fiquei meio inseguro.

Não, vamos para lá e passamos mais ou menos alguns meses, mas nada de reaproximação... eu não quero mais esse relacionamento. Só não quero que meus bebês sofram de saúde e que o Max morra, pois ainda estou ligado a ele. Eu disse conclusivo, peguei meu celular e mandei mensagem para quem poderia providenciar todo o necessário.

Ok, já é alguma coisa. Oscar falou com entusiasmo, eu sabia que ele me queria bem, sabia que uma hora ou outra as doenças me alcançariam pela distância dos meu alfas e isso me mataria bem rápido.

Só preciso que me faça um favor. Eu disse decisivo a ele.

Qualquer coisa, amigo. Oscar falou aos pés da porta do quarto.

Quero que me ache aquele rapaz, o de nome Marcus, ele mais que ninguém sabe da verdade. Eu falei e o mesmo aceitou deixando o quarto.

Passei os olhos pelo berço e peguei meus bebês os colocando junto a cama, me deitei e com amor os acolho com um abraço caloroso, ser pai me deixou tão protetivo que eu faria de tudo para que meus filhotes ficassem bem, nem que seja para engolir meu orgulho e encarar aquela gente de novo, aquela vergonha, o desprazer de ser feito de chacota.

Olhava para a lua crescente nos céus e me pego analisando minha mente, deixo que as barreiras mentais caíam por terra e a conexão se firme de novo, de início como se fosse um veio de água nascente que jorrava uma mínima gota de água que aos poucos foi crescendo e crescendo até que se formou um grande rio violento que ruma a um oceano gigante onde os pensamentos se conectam.

Sinto a dor que ele sente e a angústia cheia de arrependimento e culpa... o de cabelos negros dorme como uma criança, porém a sua culpa é latente, pode ser que de fato ele não tenha nenhuma culpa no cartório. Vago por entre a conexão e não acho mais a mente do dourado, ele se esconde nas sombras. Parece refletir sobre a vida sentado a olhar o luar, com um caderno em punho desenhando um belo rosto de quem eu não conheço, um menino talvez.

Faz tanto tempo que se foi... o que lhe traz de volta a mim, pequeno Louis? Ele disse por entre os pensamentos, eu permanecia calado, sua voz rouca e tão gostosa me fazia arrepiar com uma simples pergunta, ele ainda era um hábil sedutor e sabia me envolver em suas armadilhas, a entoação de sua voz era uma delas.

Louis? Ele me perguntou de novo ao ter como o silêncio minha resposta.

Em breve ficaremos doentes pela distância, um mínimo de aproximação eu irei fazer, mas se tentar qualquer coisa eu sumo neste mundo, ouviu? Eu disse com autoridade, senti que o impacto o pegou de jeito por que por um momento eu sinto medo em suas emoções.

Como queira Ukerman, só quero levar aminha vida da forma mais simples possível... Ele me disse com calma.

Próxima semana. Foi tudo que eu disse antes de sair da conexão e literalmente fechar a porta na cara dele.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now