🍁CAPÍTULO 11🍁

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🔸️Cris

Lorenzo cuidando com as escadas! Lorenzo!!! Eu falei com voz alta para o menino que corria para ver ser quarto no andar de cima.

Tá bom pai! Ouvi ele gritar lá de cima.

E a mulher dizendo que ele era tímido, se isso é tímido eu nunca fumei maconha estragada. Eu disse subindo com as malas em punho, olhei pelo corredor e vejo a porta do meu quarto aberta, chegando lá eu vejo a cabeleira dourada balançando ao vento pulando como se estivesse em uma camelastica.

Papai essa é sua cama? Ele disse enquanto pulava que nem um canguru doido.

É sim Senhor, agora desce daí que eu não quero que você caia. Eu disse com cara de bravo.

Papai você não coloca medo em ninguém, o senhor é muito fofinho. Ele disse rindo, aquilo me matou.

O que menino? Eu não! Eu sou um leão da selva. Eu disse brincando, mas no fundo meu coração tava derretido pelo que o loirinho disse, saber que ele não tinha medo de mim era um presente e tanto.

E eu sou o que? Ele falou parando imediatamente com aqueles olhos inocentes me fitando, seu cheirinho de framboesas deixando o local mais agradável.

É um gatinho, apenas! Eu disse pegando ele nos braços e indo pelo corredor em direção ao quarto dele.

Eu não, eu sou um leão que nem o senhor. Falou o ômegazinho com sua voz mais doce, ele era um presente em todos os aspectos e eu nunca imaginei como viver junto dele poderia ser o meu maior remédio para a vida, agora eu entendo por que um filho é um dádiva.

Sim, sim, um leão que nem eu. Olha, esse é o seu quarto, pequeno, eu mesmo olhei tudo com muito trabalho. Eu disse o colocando no chão. Ele deu um giro no lugar para olhar tudo com calma, ficou em silêncio por algum tempo e depois me abraçou.

Obrigado papai... por me querer. Ele disse com seus olhinhos cheios de água, aquilo quebrou meu coração.

Oh meu amor, que isso, faz isso não que papai morre de amor. Eu falei apertando ele junto a mim, como um papai urso faria.

Eu tive medo de nunca te ver mais... de não me querer. Ele disse com medo, seu cheiro dizia isso muito bem.

Mas agora não mais meu pequeno lobinho, sua vida será ao meu lado daqui por diante, nada, nada pode nos separar desse amor. Falei o sentando na cama e apoiando o rosto em seus joelhos pequenos.

Jura? Ele me perguntou com os olhos vermelhos.

Sim, juramento de dedinho. O disse levantando meu dedo menor e ele o seu, seus olhinhos brilhando de felicidade com a promessa firmada entre nós dois.

2 horas depois...

Pronto, almoço feito. Temos arroz, verduras cozidas e carne ao molho branco. Eu falei colocando o prato do meu filhote que olhava a tudo com adoração, acho que ele não esta a acostumado a ver um alfa cozinhando.

Papai, o senhor é um bom cozinheiro, pois está um delícia. Ele disse provando a comida com gosto.

Obrigado. É uma honra saber disso. Falei sorrindo, jamais pensei que a simples tarefa de cozinhar poderia me dar mais alegria que 100 cigarros de maconha, aliás, nem se comparava a alegria de agora.

O que vamos fazer agora de tarde, papai? Ele me perguntou com a cabeça se inclinando para o lado.

Hum... estou livre, domingo sempre é um dia chato para mim. Eu falei comendo meu almoço.

Podemos brincar na floresta! Que nem dois aventureiros! Ele disse com seus olhos brilhando de felicidade, eu iria me negar, mas ver a sua alegria em fazer algo tão simples me deu pena de cortar a sua felicidade.

Claro pequeno, podemos tomar banho de cachoeira e fazer um piquenique, o que acha? Eu disse a ele com entusiasmo, peguei nossa louça e a depositei na pia para lavar tudo.

Seria o melhor presente do mundo. Falou o loirinho com toda a sua força, ele era um menino muito criativo e imaginava tantas e tantas coisas, ele subiu para seu quarto para pegar as coisas necessárias para nossa expedição mais profunda nos vales da floresta encantada.

Enquanto eu lavava a louça olho para o jardim nos fundos da casa, vejo o quão linda estão todas as árvores que meu velho parceiro plantou e cuidou, uma pena elas não mais sentirem as mãos daquele anjo as tocando todos os dias de manhã.

Já estou pronto pai! Escutei Lorenzo me chamar atenção, logo termino de arrumar a cozinha e subo para trocar de roupas, pegamos algumas besteiras na cozinha e depois saímos por entre a floresta verdejante, os pássaros cantavam e os animais faziam suas atividades.

Sabia que o papai é médico? Eu disse ao meu filhote que me olhou com os olhos arregalados.

Sério? Ele perguntou.

Isso, fui o melhor da minha turma, hoje eu tenho uma clínica onde posso ajudar várias pessoas. Eu falei atravessando uma ponte de madeira que ligava a parte da floresta que dava para a cachoeira.

Quer dizer que o senhor é um herói! Lorenzo afirmou embasbacado.

Ah, não é pra tanto, fica fácil quando se tem uma estrela que nem você na família né. Eu disse pegando o pestinha e o colocando em minha nuca como os pais faziam.

Papai, já vejo as águas... são tão lindas! Falou o pequeno Enquanto eu andava até as águas do lugar, sentamos em uma pedra grande que nos dava a vista para uma paisagem exuberante de pedras e florestas. Aquele momento foi intenso, eu e meu filho se divertindo como uma família de verdade, comemos, bebemos, brincamos e tomamos bastante banho nas águas cristalinas.

Quando a tardinha chegou e o sol se pôs vi meu Lorenzo pegar no sono que nem um lobinho cansado da viagem, por isso eu pego meu filhote e o levo de volta para casa na minha forma de lobo, com o seu corpo em minhas costas e nossas coisas em minha boca, voltar para casa com esse sentimento de amor era mais intenso que tudo, de modo que para mim mais valia um dia nesse amor do que mil longe deles, da minha família. Ela não estava completa ainda, mas no que depender de mim isso vai mudar muito em breve.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now