🍁CAPÍTULO 06🍁

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🔸️Louis

Corria o mais rápido possível para ir de encontro a uma saída do porão, meu tio vinha em minha direção com um sinto de couro molhado e suas feições eram diabólicas, saiam chifres e seu rosto estava comido por lavas parecendo uma colmeia de abelhas. Uma onda de moscas e saiu de sua coba e me tomou a vista, corri de encontro a janela de vidro que se estraçalhou toda.

Cai no quintal com os vidros me cortando e meu sangue correndo pelos braços. Ainda desnorteado eu me levanto lentamente e olho para cima da casa, onde vejo o ser demoníaco na janela, ao olhar para a árvore na frente da casa vejo a sua família toda enforcada e choro pela sena diabólica, pego minha medalha da minha mãe no meu pescoço e vejo a luz brotar em meio as trevas.

Começar a correr naquele estado de morte me era difícil. Mas eu continuo a penitência, corro pela floresta enquanto escuto as correntes de seres demônios me perseguirem por entre as árvores, a escuridão toma posse da floresta e me vejo em meio aos fantasmas que aqui permanecem.

Quando chego em meio a uma espécie de poste de luz que clareia uma pequena parte da floresta negra paro e encaro uma oferenda, havia um círculo vermelho e um animal morto, um ser de capa negra segurando um pedaço de carne me olha com raiva, muita raiva. Seus olhos são como uma fornalha que me faz afastar de sua presença, minhas forças falham.

Quem é você? Eu pergunto me arrepiando de medo, quando o fiz um vento frio e vozes grossas soam na floresta em um coral de morte. Com a capa levantada ele me mostra quem verdadeiramente é, um rapaz moreno cujos olhos são muito bonitos, ver o mal que ele fez para alcançar o amor que nunca teria me fez sentir pena dele.

O seu ódio invocou muitos seres que aqui não deveriam estar e matava quem ele dizia tanto amar, com amor eu o encaro fazendo seu ritual de bruxaria em meio a floresta, seu nome era Marcus. Cheguei mais perto dele e acaricio sua face com amor, depois que me tornei pai ficou mais fácil amar a todos.

Com essa decisão de perdoar o que aquele menino fazia contra um dos pais dos meus filhos e contra mim vejo que uma grande força dissipar o seu pseudopoder, o mal nunca resiste ao amor de um ser para com o seu próximo. Quando ele cai em si, vejo correr para dentro da floresta, como se uma consciência de arrependimento o tomasse por inteiro.

Sua alma é minha! Escuto o mal pairar na forma de uma besta demônio que a minha frente está.

Não... Eu disse sem medo.

Seu desgraçado! Nem seus alfas lhe quiseram, pra que amar até quem lhe fez tanto mal? O odeie como odeia seus maridos! Eles lhe traíram como um cachorro, lhe roubaram, lhe maxucaram. Disse ele me rodeando como um leão que estava prestes a me devorar.

O ódio deles a mim não vai encontrar casa, Satanás... Eu disse o confrontando com força, sem violência, sem palavreados, gritos, nem danças, apenas com a certeza do certo.

Seu tolo! Se acha santo, prefere ver seu homem morrer de câncer do que ir até ele, que ódio maior é esse? Venha e condene ele a morte junto a mim. Falou o diabo me mostrando uma cama, nela dormia Max com a ajuda de aparelhos, seu semblante era de um morto, seus irmãos o olhavam e vigiavam para que ele não morresse sozinho.

Eu não... Disse chorando.

Condenou o pai dos seus filhos ao inferno, é réu de sangue, seus filhos vão lhe odiar por tê-lo matado! A destruição cai sobre você, Louis. Gargalhou o homem e com um profundo pesar eu tento alcançar o leito do homem que morrer. Mas não consegui, pois eu fui puxado do sonho e acordei com gritos dentro de casa.

Peguei as sandálias e corria para o quarto dos meninos, olhando que eles estavam bem eu descido ir para baixo e ver o que acontecia, quando cheguei no meio do caminho escuto o som de coisas quebrando, eram vidros.

Eu vou chamar a polícia! Disse Oscar com um taco de beisebol apontado para o outro lado da sala, onde residia um Den em postura de ataque, com seus olhos vermelhos e garras de um alfa Lúpus, Yan com uma cara de trouxa olhando Oscar e Liam se defendendo com uma almofada.

Eu lhe dou uma surra seu ômega maluco! Disse Den com suas presas mostrando em raiva.

Parem já com isso! Eu disse me colocando no meio do campo de batalha.

Louis! Sobe pro quarto que eu vou chamar o exército! Oscar disse me protegendo como um sodado.

Oscar... Não conseguia terminar.

Pequeno ômega se acalme, vamos conversar! Disse Yan com uma cara de idiota apaixonado, aquilo era estranho, parecia a cara do Max quando me olhava por muito tempo.

Pequeno é o seu pau! Disse Oscar mostrando o dedo menor da sua mão.

Abusado! Disparou Den com uma carranca de raiva, aquilo me fazia lembrar de como o Max era quando eu o desafiava.

Não fala assim com ele! Foi a vez de Liam interromper o irmão com uma almofada jogada na cara do mesmo. Aquilo me fazia lembrar de quando Max brigava com Cris.

Parem todos vocês! Se meus pestinhas acordarem eu dou uma surra em todos vocês com um vara de bambu molhada! Eu disse tomando das mãos de Oscar e apontando para todos eles.

Calma! Tudo é culpa deles. Afirmou Oscar indo para trás de mim, acho que ele estava com medo dos alfas.

Você que entrou aqui berrando que nem uma cabra e jogou um vaso nas nossas cabeças, seu louco. Disse Den mostrando o estrago.

Calma, calma... Oscar esses aqui são pessoas boas, eles se acidentaram no caminho e se feriram, eu dei abrigo a eles... Oscar? Falei, mas meu amigo parece preso nos olhos dos três gêmeos que o encaram com gosto...

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now