🍁CAPÍTULO 17🍁

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🔸️Louis

Andar por um belo parque florestal com meus bebês era de fato uma das melhores coisas que se possam fazer, os dois alfinhas estavam super e hiper mega estressados ultimamente, brutos com o que eu não sei, mas sei que andar ao ar livre parece os deixar com um humor mais ameno.

Meus gêmeos eram bonzinhos, gostavam de gargalhar e brincar, mas ultimamente estão zangados de mais, deve ser os dentinhos que estão nascendo, penso eu. Bem, vou dirigindo o carrinho dos dois e escuto os mesmos conversarem entre si na língua dos bebês, é uma mistura de risos com um dialeto parecido com o nosso que me faz rir e tentar identificar o que ele querem dizer.

Ei vocês dois, papai quer saber também! Eu falei sentando em um banco na praça bem iluminada pelo sol de uma manhã cedo de uma sexta.

Padinnn. Isaac dizia e eu sorrio com a forma com que ele queria dizer painho.

Isso meu amor, papai! Papai! Eu disse fazendo cócegas neles que davam gargalhadas altas que me faziam quase mijar de tanta fofura.

Papai! Eu disse.

Padimmmmmm. Levi repetia comigo me fazendo rir.

Isso! Eu sou seu papai! Olha o miau ali. Eu disse pegando cada um e os colocando em cada uma das minhas coxas os segurando para não cair.

Olha ali, o au au! Eu disse me referindo a um cachorro que brincava com seu dono, ele era um daqueles tipos que viviam no frio, não sei o nome direito, mas ele era simplesmente lindo, sua cor era um branco misturado com preto. O seu dono era bonito também, por mais que eu não o visse, estava sem meus óculos e sem eles eu sou um cego para olhar de longe.

Olha! Aquilo é um cachorro! Digam, cachorro. Eu falei os apontando com um dedo.

Aauau. Levi dizia olhando com suas orbes douradas para mim.

Nhorruuuu. Gritava Isaac como um maluquinho.

Isso, aprenderam rápido, também puchando ao papai aqui só poderiam ser inteligentes mesmo. Falei me achando um máximo.

Padinnmm. Agora eles dois gritavam isso olhando para o cachorro indo buscar uma bolinha que seu dono jogava ao longe.

Nossa que cara gato, multiplica Deus. Eu falei tentando deixar o rosto dele mais nítido, porém era impossível sem meus óculos. O cara ficou ali jogando a bola para o cachorro que ia e voltava como um fiel amigo. Depois de um tempo observando os dois vem um toquinho ao longe com uma coisa na mão e abraça o homem que cai na grama, o cachorro se junta a eles e os três se espalham pelo chão.

Olha bebês, aquela é uma família feliz e eles só tem um papai... ter um papai não é um problema. Eu disse aos gêmeos que iniciaram mais uma vez uma conversa louca sobre sei lá o que. Depois de um tempo eu os coloco no carrinho pois eu estava cansado de segurar os dois que eram super pesados, um mini chumbo cada um deles.

Depois disso eu pego um livro e comecei a ler enquanto os dois bebês brincavam com um presente lindo que o Oscar havia dado a eles. Fui lendo a história de um rapaz que se apaixonou por um homem mais velho, um advogado muito influente do Brasil, eles dois namoravam escondido. Depois de um tempo juntos, o menino descobre que o homem que amou na verdade já era casado e tinha duas filhas.

Mas que cafajeste! Eu disse em voz alta. Fui lendo cada vez mais aquela trama, depois de descobrir tal traição o menino ficou desolado, pois amava o homem. Porém ele resolveu ir para a casa dos seus avós no interior de São Paulo, onde permaneceu por meses a fio. Longe do homem que amou.

Bebês, concordam que o que o ômega fez foi certo. Olha, o cara se envolveu com ele sabendo do compromisso que tinha com sua família, isso foi muito errado. Eu disse aos gêmeos que me olhavam com curiosidade.

Continuei a minha leitura para saber que o rapaz apaixonado conheceu um outro homem, ele era o caseiro de uma casa vizinha aos seus avós, seu nome era Leon. Leon era forte por trabalhar no pesado, muito humilde, ajudava a cuidar da mãe que estava doente, um homem de fato. E por ser um homem de verdade o jovem ômega começou a se aproximar de Leon em busca de uma nova chance no amor.

Enquanto eu lia meu livro como quem queria desesperadamente saber o encaminhar da vida amorosa do protagonista com o bonitão do caseiro forte saio da realidade, mas derrepente sinto uma coisa escorrer até meus pés, olho para baixo para ver ser uma bola parada no chão e um cachorro lindo cheirando os meus pés.

Olá amigão! Eu disse passando as minhas mãos no fofo que me lambia.

Moço, pode devolver minha bolinha? Escuto uma voz bem doce e amável atrás de mim, o dono dela sai de onde está e se coloca em frente a mim com uma cara de desconfiança clara.

Claro, toma! Eu falei jogando a bolinha para ele que pegou rapidamente.

Moço, você é muito bonito. Ele disse me olhando com serenidade, um sorriso pairando nos seus lábios. O menino era loirinho de pele branca, seus olhos eram de um verde tão lindo que fascinava quem os olhasse.

Obrigado, rapaz. Você também é bem lindo, acho que seu papai está chamando. Eu disse apontando para o grande homem que fazia sinais para o pequeno filho, acho que ele estava preocupado com o seu bebê falando com estranhos.

Ah, verdade. Ele é bem legal, somos uma família de três agora... Ele disse.

Olhai, que lindo. Seu papai, você e sua mamãe, uma família maravilhosa eu presumo. Falei ninando meus meninos no carrinho.

Não... minha mamãe morreu, agora somos eu, papai leão e nosso amado Toddy. Ele falou apontando para o cachorro que nos olhava com o rabo balançando.

Oh, eu sinto muito pela sua mamãe. Eu também perdi a minha, sabia? Eu falei baixinho.

É uma dor insuportável as vezes... mas agora eu tenho o meu papai e ele me ajuda quando chega a saudades da mamãe... O garotinho disse com uma cara mais triste, talvez se lembrando dos acontecimentos.

Seu papai é um homem bom por fazer isso... mas eu acho que ele está bem apreensivo pela sua volta, acho que está vindo lhe buscar, ele é bem alta e forte, eu não quero problemas. Eu disse vendo o grande loiro vindo ter conosco.

Ah, isso é verdade. Mas ele não é assustador não, ele é bonzinho, fofo e divertido, ele sabe até cozinhar. O pequeno toquinho falou com orgulho.

Ora, um papai desses não se acha na esquina. Eu disse.

Por que não namora meu papai? Acho que você faz o tipo dele... parece muito com menino da foto na carteira dele sabia. O menino falou e aquilo me fez rir muito e muito, crianças e sua sinceridade.

Lorenzo, vem!!! Escutei aquela voz ao longe pairar sobre nós, um frio na barriga me dá instantaneamente, aquela voz...

Tenho que ir moço, foi um prazer! Disse o menino me dando a mão como um pequeno homem e eu agradeço pela sua atenção.

Vejo ele indo de encontro ao pai que o abraça com muita alegria, vejo que o mesmo olha para mim por um tempo, ficou ali parado sem fazer nada, apenas olhando, o filho voltou a brincar com o cachorro enquando o homem pareceu ficar paralisado no mesmo lugar. Não espero que venha ter comigo, apenas pego minhas coisas e dou pro meu caminho, aos poucos vejo a sua silueta desaparecendo na vista, ele ali no mesmo lugar me encarando com perplexidade...

Meu Deus, é ele eu tenho certeza, é o Andreozzi. Eu falei segurando o volante com força, pego meus óculos no suporte do carro e ao olhar para o outro lado da rua vejo aquele homem me encarando com os olhos arregalados que nem um doido, o lilas no dourado se encontrando como se nunca fossem separados pelo destino.

Louis! Louis! Ele diz gritando e vindo correndo como um louco desesperado por mim, até que um carro passa na avenida e o impede de chegar junto a mim, tempo suficiente para eu dar no pé vendo pelo retrovisor ele correndo que nem um louco atrás do carro, até que não aguenta mais e para.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)Место, где живут истории. Откройте их для себя