🍁CAPÍTULO 09🍁

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🔸️Louis

Já em solo inglês eu sinto o peso de estar aqui de novo, as memórias me visitam como um oceano que cobre a terra e leva tudo. Mas eu não poderia falhar, era um pai agora e um homem, a alma de menino se foi e agora eu precisava lutar pelo futuro dos meus filhotes que neste momento estavam nas minhas mãos.

Adentro o aeroporto já cansado da viagem, Oscar pela um dos meninos no bebê conforto e continuamos até entrar em um carro, reparo que várias pessoas me olham, talvez por esse lugar ser frequentemente usado palas pessoas mais abastadas de Londres que eventualmente me conheciam dos jantares de gala dos Andreozzi e Lamark.

Nem ligo para os olhares de surpresa e sigo meu caminho, nada tenho a falar para eles, vim assumir meus empreendimentos aqui e na Europa como um todo, se tivesse que falar com alguém aqui seria os trabalhadores de chão de fábrica, do proletariado que levanta a economia e riqueza da nação, não dos lobos que sugam suas almas.

Oscar, vamos ficar em uma casa reservada que eu mesmo comprei. Eu disse já no carro ao meu amigo que olhava para a grande cidade com afinco, talvez ele estivesse impressionado pelo esquema de segurança, haviam sete carros nos escoltando até nossa casa, bem, eu quero estar seguro das garras dos Lamark que tinham certo apresso pelos métodos mais brutos de reaver seus ômegas...

Ok, Louis. Já pensou no que vai fazer primeiro? Ele me disse já meio cansado.

Bem, acho que a mamadeira dos meninos. Lhe falei com certeza, mas ele riu profundo.

Por que está rindo. Eu perguntei confuso.

Eu me refiro a fazer no campo do trabalho... Oscar disse, só assim entendi, eu só sabia cuidar dos meus filhotes então tudo em primeiro lugar vinha para eles, compromissos de trabalho ficavam para trás.

Ahhh, tendi... bem, quero ir a fábrica de carros, depois quero visitar a de marinha e aeronáutica. Eu disse pensativo, quero conversar primeiro com quem realmente sustenta minhas fábricas aqui, os profissionais de chão. Falei a ele revelando minhas intenções.

Que bom amigo e se do nada você topa com os dois lobões? Ele disse sorrindo.

Eu saio correndo! Eu disse afobado.

Você sabe que uma ovelha jamais pode fugir de um lobo, né. Afirmou Oscar com cansaço.

Eu mando darem um tiro neles, isso sim. Disse com determinação.

Manda nada, seu ser é muito bonzinho para fazer isso. Ele disse me amolando mais ainda.

Para de me amolar! Senhor triângulo. Eu disse achando graça, o meu amigo ficou confuso, sua cara não negava.

Triângulo? Ele perguntou saindo do carro com meu Isaac já na área, acordou com tudo atrás de andar.

Sim, Yan, Liam e Den. Eu disse abrindo a porta da casa.

Deus me livre, eu não! Ele me disse colocando Isaac no chão que sai correndo que nem um louco, bastava alguns minutos para ouvir os sons de quebra quebra.

Ah, engana que eu gosto. Tava olhando que nem um babão para eles que eu vi,
Oscar, Oscar, Oscar... cuidado com o bucho viu, fui brincar de pular corda e acabei com gêmeos viu! Eu disse me sentando no sofá e vejo Levi correndo para achar seu irmão que sabe deus lá onde estava.

Deus me defenda, nem... gosto deles como amigo, somente. Ele disse pegando o celular.

Hum, sei, amigo que manda mensagem com coração, nunca vi essa amizade. Eu disse jogando uma almofada nele que se indignou, mas entrou no clima rápido.

E você, que é arriado os quatro pneus por aqueles dois lá, chama eles para conversar besta quadrada, nem para deixar os dois se explicar. Oscar me disse jogando uma almofada que eu agarro e ponho no meu colo e fico pensando.

Será? Eu perguntei a ele.

Se fosse eu na sua situação com duas crianças para criar eu não pensava duas vezes... que mal pode ter? Oscar me disse com razão.

Mas eles me traíram! Eu falei revoltado.

Quem tem certeza? Ah, pelo amor de Deus, quem tava no dia lá? A madrasta do Max que ele mesmo odeia e o Marcus que era o secretário do Max, sério que o Max ia lhe trocar por aquele menino feio, pelo amor de Deus. Oscar disse pegando uma água de coco.

E quanto ao corretor que me deu um golpe, o tal James. Como explica? Eu perguntei com tudo na cabeça.

Simplesmente drogaram Max e Cris e compraram o velho por uma boa grana, precisamos nem de detetive para ver o óbvio... Me disse dando um coca cola.

Eu que não me confio, quem levou galha uma vez leva duas... Eu falei pensativo, talvez.

Louis, Louis... só vai cair na real quando for tarde de mais viu, depois não diga que eu não o avisei. Oscar falou com uma trufa na boca, ele amava doce assim como eu.

Acho que não tem volta amigo, dessa vez não. Falei indo buscar os meninos que estavam brincando com pessinhas de lego. Sentei-me no chão e fui brincando junto com eles, olhar cada uma se desenvolvendo a sua maneira me dava muita força de vida, eu sempre cuidava para passar a maior parte do tempo junto deles, os olhando, os cuidando e os amando em tudo.

Fico pensativo sobre a questão de um dia os dois quererem se aproximar dos meus filhotes, qual seria a minha reação... negar a paternidade ou simplesmente aceitar a aproximação e tudo que ela implica, pois se deixar que eles se aproximem eu deixo automaticamente que toda e qualquer pessoas da família deles também o façam.

Sempre começa assim, primeiro uma visita, depois um final de semana, viagens, férias e quando vê os meninos estão longe de mim e dos meus cuidados, o melhor caminho seria negar a paternidade na primeira oportunidade que eu tenha, para cortar o mal pela raiz. Mesmo que isso me custe no futuro a relação com os gêmeos, mas isso era o certo a ser feito.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now