🍁CAPÍTULO 04🍁

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🔸️Louis

Acordei com meu coração apretado, uma angústia crescente no peito que me fazia gemer de dor e aflições. Me ponho de pé no meu quarto e me visto indo ao quarto dos meninos, chego lá e vejo que os meus anginhos dormem tranquilamente, meu Levi e Isaac estão com mais de um aninho, eles são bem ativos e energéticos, se não fosse Oscar para me ajudar eu nem sei o que seria de mim.

Meu loirinho amava andar pela casa como se fosse gente grande, pegava nos móveis e seguia seu caminho desbravando o desconhecido da casa, não podia ver um cômodo abeto que entrava com seus olhos dourados espiando tudo, um belo loirinho curioso. Já o meu lindo de cabelos chocolate gostava mais de investigar o que tinha dentro dos móveis, gostava de brincar com seus bonequinhos e amava se balançar no balanço pequeno que havia no quintal.

Olho para os dois bebês dormindo e dou um beijinhos em cada um deles, depois de checar a temperatura do cômodo eu desço as escadas com meu short moletom, faço um café preto bem quente que me faz sair em mente dos frios do Canadá e me transporta para o calor gostoso do Brasil. É inevitável não pensar no que por lá eu vivi, inesperadamente eu pego meu dedo e rotaciono o meu anel de casamento no meu dedo e penso em tudo que aconteceu.

Olho para os bosques cheios de neve e os ruídos do vento batem de frente a casa me fazendo tremer, é um lugar distante um pouco da cidade, alguns minutos de carro, mas com essa neve seria impossível. Oscar teve que resolver coisas da sua vida íntima e voltaria em algumas semanas enquanto isso eu estava sozinho com meus bebês.

Geralmente os gêmeos acordam as 08 da manhã morrendo de fome, berros e berros de fome marcam a personalidade forte deles dois, por isso eu me ponho logo a fazer o mingal deles, enquanto mexo o papiro me pego pensando nos pais deles... nunca tive notícias deles, nem os procurei para nada, nunca nem voltei a Londres.

Mas eu confesso que nos últimos dias uma angústia imensa tem invadido minha consciência a ponto de eu perder a minha paz, pesadelos horríveis tomam meu sono, cenas de choro e morte enchem a vida deles e isso me assombra, uma culpa vem no meu coração, cresce como uma erva daninha e me faz pensar se pelo menos eu tente ver o que realmente aconteceu.

Enquanto penso em tudo isso meu celular toca, é um número desconhecido, olho por alguns minutos para a tela e resolvo atender. A pessoa do outro lado da linha nada fala, eu apenas digo alô, mas nada de quem quer que seja responder. Depois de alguns segundos sem resposta eu desligo a chamada e a campainha toca me assustando.

Me direciono a porta e encaro pelas câmeras três rapazes, um está com seu braço machucado, o outro com um corte na cabeça e o terceiro rapaz toca a campainha desesperadamente. Bem assustado eu me ponho para trás, poderiam ser pessoal mal intencionadas, quando me afasto da porta um deles fala.

Olá? Por favor, nos ajuda. A gente estava viajando quando um alce entrou na frente do carro e destruiu tudo, por favor... Ele pedia desesperado, aquilo me matou por dentro, eram pessoas precisando de ajuda e eu precisava ser solidário com elas. Por isso eu abri um pouco a porta até que ela está toda aberta e eu encaro os três rapazes.

Graças a Deus. Um deles disse, o que estava com o braço pingando sangue.

Podem entrar, vamos, a tempestade de neve vai aumentar nos próximos dias. Eu disse e os mesmos entraram na casa com muita cautela.

Licença. Escutei um deles falar e eu fecho a porta e os direciono para a cozinha onde eu posso tratar das feridas deles.

Eu não sei nem como agradecer, Sr? O com o braço machucando perguntou.

Meu nome é Louis. Eu falei pegando um kit de primeiros socorros, me sentei na cadeira e ele me estendeu o braço direito, havia um forte grande, talvez pegasse uns 14 pontos.

Isso é grande, mas eu posso concertar. Falei me levantando da cadeira e esterilizando minhas mãos, depois coloquei um par de luvas e peguei um anestésico para começar a sutura.

Podem se sentar, fiquem a vontade. Eu disse aos outros dois que me encaravam com admiração, mas ainda podia se ver que eles estavam assustados pelo que aconteceu a eles.

Oh, obrigado, ômega. Assim que a tempestades acabarem vamos seguir nosso caminho, perdão pelo incômodo. Ele falou e só agora eu notei que eles três eram gêmeos idênticos, o que estava ferido parecia o mais sociável.

Não estão incomodando, pode ficarem tranquilos, foi um milagre não terem se machucado mais, logo um alce? Eu falei enquanto fazia a sutura, depois disso fomos conversando, eles me disseram que tinham uma casa perto dessas terras, quando seu irmão mais velho adoeceu e eles estavam voltando para seu país natal para cuidar dele, achei super fofo a união deles.

Enquanto conversamos eu percebi o quão diferentes eles são uns dos outros, um é mais aberto e brincalhão, outro mais intelectual e o outro bem fechado. Enquanto eu terminava de comer um simples café da manhã que preparei correndo ouço os choros dos meus meninos lá em cima do quarto.

Eu tenho que subir para pegar meus filhos, podem se servir a vontade. Tem suco na geladeira. Falei e os mesmos concordaram, mesmo receoso eu subi ao quarto e deixei os rapazes no andar de baixo, cheguei no quarto e os meus gêmeos estavam chorando de novo.

Shii, papai já fez a comidinha. Calma, seus alfinhas brutos... disse sorrindo para eles, os peguei cada um em um braço e fui descendo as escadas, entrando na cozinha os forasteiros me encaram com os olhos fixos nos nenéms no meu braços, o mais extrovertido vem e pega meu Isaac e o bebê que antes berrava agora se acalma e sorri pro homem que o faz carinho.

Nossa, ele não é de fazer muitos amiguinhos, você deve ser especial. Eu disse olhando para o rapaz.

Bem, acho que ele foi com minha cara, ele é tão fofinho e esses olhinhos azuis, que coisa mais linda! Ele disse sorrindo e meu Isaac gargalhando, bem, a manhã foi assim. Com os três rapazes se refugiando na minha casa e brincando com meus filhotes que estavam animados com a presença deles, isso era inédito, bem inédito.

Continua...

PAIXÃO POSSESSIVA II (CONCLUÍDA)Where stories live. Discover now