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02/05/2024

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02/05/2024

Point of view: Lohan Manobal
Seul - Coreia do Sul
Quinta-feira

08:35 AM

Caminhei calmamente até a sala da Jennie, pronto para perguntar a ela sobre a minha agenda. Por mais que esteja machucado, ainda assim quero vir trabalhar, não é só para ver a Jennie, mas sim para me deixar menos preocupado. Quando estou em casa, penso na morte. Infelizmente, o medo já se tornou parte de mim; a angústia e o incômodo com qualquer estranho me trazem insegurança de ficar por perto.

Saber que minha própria família está me caçando para acabar de vez com a minha vida, é algo que me assombra constantemente, adicionando um peso insuportável à minha mente sobrecarregada.

Ao acordar, penso no meu dia, penso nas chances que eu teria de não voltar, de não rever meu filho, meus amigos e a Jennie. Desde a minha adolescência sou assim, medroso e inseguro com a minha própria segurança, e eu sempre buscava me proteger nos braços da pessoa que mais me acolheu nos momentos difíceis.

Dei três leves batidas na porta com as costas do meu indicador, aguardando ansiosamente para que Jennie permitisse minha entrada. E ao escutar aquela voz doce, apressei-me em entrar, encontrando-a com um sorriso gentil no rosto, capaz de acalmar até mesmo as tempestades mais turbulentas dentro de mim. Aquilo era o meu verdadeiro remédio, era tudo o que eu mais precisava ter naquele momento. A simples presença dela era suficiente para acalmar minha mente agitada e me fazer sentir seguro, mesmo diante das ameaças que enfrentava.

— Bom dia! — ela desejou, sua voz doce ecoando pelos meus ouvidos, seus lábios esticando-se em um leve e fofo sorriso singelo. — Dormiu bem? Não sentiu dor, né? — ela se levantou, vindo até para checar meu rosto, verificando meus machucados e os curativos.

— Eu dormi bem. O Tae me ajudou com os curativos, fique tranquila. Quem parece que não dormiu, foi você — falei, fechando a porta, sem desviar meu olhar da Jennie.

— O Jinwoo quase não dormiu a noite, tendo pesadelos — a mulher afirmou, enquanto caminhava até o sofá, puxando-me junto com ela.

— Que tipo de pesadelo?

Sentamo-nos lado a lado, tendo um contato físico quente entre nossas mãos. Seu semblante me preocupava, seu olhar transmitia dor e cansaço, seu sorriso havia se transformado em uma linha séria, permitindo-me vê-la com uma expressão fechada.

— Durante a noite toda, ele teve pesadelos e acordou chorando, mas o que mais me preocupou, foi que ele sonhou com você, um carro e sangue. Muito sangue. Bom, foi o que ele disse enquanto tentava se acalmar.

Juntos Outra Vez • Jenlisa TransOnde as histórias ganham vida. Descobre agora