Couple Of Stars

Capítulo Quarenta e Três

Notas Iniciais

Estou de volta, finalmente.

Eu demoro, mas sempre volto.

É a falta de inspiração, gente. Isso é uma droga. Aí eu fiquei doente, minha sobrinha também, aí 

já viu. Toda mundiça do mundo acontecendo de uma vez só.

Mas deu tudo certo, como sempre.

Graças a Deus.

Então, vamos ao capítulo!

— Não!

Felicity sentia seu coração pular, como se fosse sair por sua boca. Chegava a ser doloroso. Era como se fosse uma dor no peito. Ela já sentiu aquilo antes, mas muito mais forte. Quando teve um ataque de pânico anos trás. A mão tocava seu peito e a respiração estava ofegante. Ela mal conseguia respirar direito naquele momento, e por isso puxava o ar. Sentiu tocarem seu rosto. Não precisava olhar em seus olhos para ter a certeza de quem era. Mesmo assim virou a cabeça para fitar o marido. Os olhos dele fixos nos dela. Ela então o abraçou, e ele se sentou na beirada da cama, aconchegando-a. Ele acariciou suas costas e o cheiro dele foi acalmando-a.

— Estou aqui.

A voz dele foi como se a fizesse ter a completa certeza de que estava tudo bem. Ele estava calmo. Ou parecia estar calmo. Fechou os olhos e deixou uma lágrima descer por seu rosto. Nunca sentiu tamanho medo como sentia naquele momento. Se lembrava de estar cara a cara com Black Killer no sonho. E de ele acertar o peito de Oliver. Tinha tanto sangue que por um momento não conseguiu reagir. Ficou fria, gelada, e a voz não saiu. Até que despertou. Finalmente despertou daquele pesadelo e se viu em sua cama. Segura. E com Oliver ao seu lado.

— Você está tremendo. – Se encostou na cabeceira, trazendo a mulher consigo. – Feche os olhos e tente se concentrar na sua respiração. Puxa e solta bem devagar.

Felicity fez como o marido pediu. Ela tocou o peito dele com a mão direita, fechou os olhos e respirou bem fundo, soltando bem devagar. Fez isso várias vezes até que sentiu que estava finalmente respirando normal. Levou um tempo para que seu coração também se normalizasse. Ela realmente sentiu que ele sairia para fora. Sabia que era coisa da sua cabeça, que era o medo. O pânico. E por isso conseguiu voltar a se sentir bem após algum tempo. Ela já tinha pesquisado sobre crise de ansiedade e de pânico anos atrás, quando teve a primeira crise. Fazia anos que não sentia aquilo. Minto, meses. Porque quando soube do Black Killer pela primeira vez ela entrou em uma crise. Foi bem difícil evitar que as pessoas ao seu redor percebessem.

— Como se sente agora?

Felicity levou um tempo, mas respondeu:

— Melhor.

Era verdade, se sentia melhor, mas nem por isso parava de pensar no que tinha vivido em seu sonho. Tinha sido um horror. Doía só de pensar. Ela não podia perder ninguém, não sobreviveria se algo acontecesse a Oliver ou a um de seus filhos, e ela sabia que Black Killer atingiria um deles. Talvez os mais fracos deles para que pudesse chegar ao seu marido. Bem, ao menos era o que ela achava.