MEU ALFA É UM VIKING (ROMANCE GAY)

🍁CAPÍTULO 38🍁

🍁Louis

Acordei sentindo uma pelagem gostosa e fofinha, aquilo era delicioso, abri meus olhos e encaro com admiração a tenda vermelha que nos cerca, estava fechada e seu material impedia parcialmente a luz de entrar. Eu e Mangus viajamos a madrugada, na verdade eu vim em cima das costas dele, pois o mesmo havia se transformado em um lobo grande e nos trouxe em menos de algumas horas.

Me levanto e noto que ainda estou com as calças todas meladas de sangue negro dos monstros que matei. Olhando para o lado da cama eu vejo uma pequena carta, ela dizia que tocasse o sino se precisar de algo, mas eu obedecia ao Magnus, nunca. Por isso eu pego uma maçã em cima da mesa de madeira que estava cheia de mapas, depois disso a primeira abertura na tenda que vejo eu adentro.

Eles estavam nos territórios ao Norte, estamos a 500km do castelo de Neve. Disse um dos homens que vestia uma armadura dourada e tinha uma capa vermelha.

Seja quem for que tenha feito aquele estrago todo nas trevas precisa ser investigado, agora eu preciso... Magnus dizia aos seus generais que pararam de olhar para ele e olhavam para mim, depois de um tempo Magnus se vira para ver o que tira a atenção dos generais.

Nos falamos depois, saiam! Disse todo bruto e eu volto por onde vim, por que ele me deu medo...

Você não, anão de jardim! Ele disse adentrando a tenda e eu estava já sentada na cama.

Ah, entendi! Eu disse me sentindo um idiota.

Como acordou hoje, meu príncipe? Falou se sentando na cama. Ele estava vestido de uma armadura prata que deixava ele mais grande e forte, tanto que a cama range quando ele se senta.

Bem, apesar do contexto! Eu disse meio cansado.

Vamos sair daqui em breve, eu juro. Por que não toma um banho? Ele disse beijando meu pescoço! Ele era bom em fazer coisas safadas era uma fogueira que ninguém apagava.

Está vendo algum rio aqui? Falei mordendo seus lábios. Ele então me pega pelo colo e me leva em um anexo da tenda, onde vejo uma banheiro cheia de água bem morna, saia uma fumaça gostosa de lá.

Uau! Eu digo passando as mãos na água que era quentinha.

Mandei preparar, para nós! Ele disse enfático.

Nós? Eu acho que precisamos negociar! Eu disse passando para o outro lado da banheira.

Sim! Nós dois! Ele disse tentando tirar uma das correias da armadura, mas ela não saia e então eu o fui ajudar.

Deixa eu te ajudar, isso é tão pesado! Eu disse quando finalmente peguei a sua armadura, aquilo deveria pesar uns trinta quilos.

É leve para mim. Falou o mais velho já de roupas de baixo, também tirei as minhas e entrei na água morna, aquilo era uma maravilha. Fecho meus olhos e me concentro em relaxar ao máximo, sinto a água balançando pela súbita entrada do alfa nela.

Precisamos conversar... Ele disse e eu abri os olhos, ele estava mais sério do que o normal, não havia raiva, ele estava ameno, porém muito sério. Mas eu só consigo me concentrar em seu queixo quadrado que dava a ele uma masculinidade sexy.

Problemas? Eu dispenso... Falei.

Você é um bruxo? Não é? Ele perguntou direto, não tinha papas na língua. Olho direito para a água e sinto as minhas mãos formigar de ansiedade, fiquei tenso de mais e isso transparece em minha face.

Sou. Disse de uma vez. Ele ficou pensativo e calou-se por alguns minutos que pareciam ser uma eternidade para mim, porém eu dei o espaço que ele queria e nada falei.

Como soube que era um? Tem poderes? Ele me perguntou, olho para ele com medo, estava com medo de ele me machucar...

Eu não quero falar sobre isso... Eu disse tentando sair da banheira, mas ele pegou em minha mão e com seus olhos mais vermelhos eu acento de novo, ele usou a ordem de um alfa em relação ao seu ômega.

Meus pais morreram pelas mãos de bruxos. Ouvir isso dele me matou tanto, o dourado estava com a cabeça baixa e com olhos tristes.

E os meus pelo seu povo, foram mortos em uma fogueira. Eu disse não encarando mais o homem lobo.

Por que tanto ódio? Ele dispara.

Por escolhas, todos eles tomaram escolhas... Eu disse.

Eu não posso aceitar que use magia. Falou o Viking.

E eu não aceito que se transforme em um lobo, está no seu sangue, não pode mudar isso, nem eu a minha condição! Eu não escolho ferir o seu povo e você o meu... encarei com dureza o alfa lúpus a minha frente.

Eu sei! Eu não sou um idota, um tolo! Eu sei disso, mas é tarde de mais, meu povo odeia os bruxos! Como eu vou encarar isso? Ele disse aflito, foi a primeira vez que eu encaro Magnus todo desarmado, completamente nu em suas preocupações.

O amor vence tudo, eu morei por anos sem ser percebido, fiz o bem, curei feridos, doentes e aqueles que estavam para morrer, dei comida aos famintos e abrigo aos desprezados! Eu fui quem eu sempre escolhi ser... uma pessoa boa, eu uso minha magia para fazer o bem, deixe eu mostrar isso ao seu povo, deixe que o bem vença o preconceito. Eu disse pegando a mão dele e colocando sobre o meu peito e usando magia fiz minhas memórias passarem para o lobo que ergueu os olhos para os céus e pode ver tudo.

Você... sofreu muito mais que eu e por que nunca fez nada para retribuir? Por que? Ele disse abismado.

Por que eu não nasci para isso Magnus Wolf, eu vim a este mundo para trazer paz e liberdade, mesmo que isso me custe a vida... acha que eu não tinha poder para dissuadir qualquer plano seu de captura a mim? De fugir para todo sempre? Eu disse me deitando em seu peito e ele entrelaça os braços em mim como se fosse um cadeado.

Sim, evidente que sim! Ele disse.

Mas eu vim, por que não fujo de nenhuma batalha, eu amo seu povo e quero mostrar a eles que o meu é amável também e que juntos podemos ser fortes e felizes... o que nos atacou vai voltar e com mais força e poder que nunca antes, precisamos estar unidos para isso. Não acha meu amor? Falei e ele permaneceu calado.

Sim... disse quase inaudível.

Eu sei que é pedir muito, mas me dá uma chance de provar que somos bons, me dê uma chance, apenas uma. Eu disse tentando seduzir ele aos meus planos.

E se eu não puder dar? Falou bem aos pés do meu ouvido.

Então... essa é nossa última vez juntos, eu fujo! Falei olhando para ele com um sorriso.

Não, que tal a gente fugir juntos, para uma ilha deserta, longe de tudo e todos. Ele disse todo alegre somente de imaginar.

E desperdiçar a oportunidade de cuidar de um povo? De cultivar o amor e a paz entre inimigos? Não, eu nasci para isso e você também. Falei sentindo ele mais alegre, só que em um local bem mais quente, aquela manhã era pouca para satisfazer a nossa vontade de ser um do outro, por mais uma de milhares de vezes.

Continua...