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Momo On

Eu já estava na quinta garrafa de Vodka bebendo até a última gota de álcool que restava naquela garrafa, eu estava descontando tudo na bebida e juro que é a melhor coisa a se fazer quando você está na merda.

- Você está na merda, Hirai. Tudo isso por causa de buceta? Jura? - Hansung era meu amigo do trabalho, ele era um bom amigo e sempre me dar bons conselhos.

- Na verdade isso tudo é culpa do meu pai, aquele arrombado - Coloquei o copo sobre a mesa com uma certa força e apertei o copo enquanto olhava para a garrafa quase vazia em minha frente.

- Momo, você tem que colocar as coisas em ordem. Não adianta você descontar tudo na bebida, você só vai acordar com uma ressaca do caralho e tudo vai piorar.

- Eu tenho um plano, mas eu quero que me prometa que não contará pra ninguém e que você vai estar sempre ao meu lado.

- Eu prometo - O homem levantou o dedo mindinho me mostrando que eu poderia confiar nele.

- Você vai pedir demissão - Virei mais um copo de Vodka e pude ver que Hansung havia arregalado os olhos com a minha frase.

- Mas...Hirai, Eu-

- Não terminei - O Interrompi e ele me olhou confuso - Você irá pedir demissão e vai trabalhar pra mim, irei te contratar para observar Nayeon, vou te pagar o dobro que meu pai paga. O que você acha de 20 mil por mês, hum?

- H-Hirai, Isso...isso é bastante dinheiro, tem certeza? - Assenti e me levantei meio bamba - como que irei observá-la?

- Falei com a mãe de Nayeon e ela vai me ajudar com isso, você será o "Jardineiro" da casa de Ji Eun e poderá observar tudo que Chanyeol e Nayeon andam fazendo.

- Mas Hirai, isso não é invasão de privacidade?

- Pode até ser, mas eu não confio no Chanyeol e tenho certeza que ele poderá fazer algum mal a Nayeon.

- Se isso vai ajudar a garota então irei trabalhar com você, Hirai - Depois da nossa conversa o homem me ajudou a ir pra casa já que eu estava tonta por ter bebido para um caralho, pedi para que meu motorista o leva-se para casa já que ele me trouxe no meu carro e provavelmente voltaria pra casa a pé.

Já tinha passado das 7 da manhã, era um dia quente na Coreia e o sol estava forte logo cedo. Entrei em casa com os olhos semicerrados por conta da bebida que tinha deixando minha visão completamente embaçada, eu estava tonta e qualquer barulho estava me deixando com dor de cabeça. Imagina quando eu for dormir e acordar com uma ressaca do caralho.

Pude ver as empregadas subindo e descendo as escadas com algumas caixas na mão e duas malas, vi Dahyun sentada no sofá chorando igual uma criança. Imediatamente fui até ela e me sentei ao seu lado abraçando a garota que me abraçou de volta no mesmo segundo.

- Amor? O que houve? Por que está chorando desse jeito? - Ela soluçava de tanto que chorava e eu ainda estava querendo saber o que estava rolando - Karina, o que está acontecendo aqui? E essas caixas? - Perguntei para a empregada que segurava uma mochila com roupas.

- São suas coisas. Eu sabia que você iria enrolar até arrumar suas roupas para sair daqui, então resolvi arrumar pra você - Minha mãe disse descendo as escadas com os braços cruzados.

- Mãe? Que porra é essa que a senhora está fazendo? Isso tudo por quê estou com Dahyun? Que infantil essa sua atitude - Me levantei deixando Dahyun no sofá ainda chorando, fui até a minha mãe ficando de frente pra ela - Vai querer mesmo que eu vá embora por algo idiota?

- Algo idiota? A única idiota aqui é você que trai a Nayeon com essazinha aí e quer se achar certa. Você está errada, Hirai. VOCÊ NÃO SABE COMO UMA TRAIÇÃO PODE DESTRUIR ALGUÉM? VOCÊ NÃO SABE - Vi gotículas de lágrimas se formarem em seus olhos enquanto ela falava. Falar aquilo realmente estava doendo nela.

- Pare de dar chilique, mãe. Isso não é nada do que a senhora pensa que é, nada disso é traição. Eu e Dahyun namoramos, eu cuido do filho dela como se fosse meu também. A senhora não queria netos? Então, já tem um. O nome dele é Dayeon, tenho certeza que a senhora vai amar ele e-

- ELE NÃO É MEU NETO-A mulher me interrompeu - ELE NÃO É SEU FILHO, ELE É FILHO DESSA VAGABUNDA E DE MARGINALZINHO POR AI.

- NÃO COLOQUE MEU FILHO NO MEIO E NÃO ME CHAME DE VAGABUNDA. A ÚNICA VAGABUNDA AQUI É VOCÊ QUE É CHIFRADA PELO MARIDO E CONTINUA COM ELE - A mulher se levantou para vim até nós, mas foi Interrompida por Lisa que deu um puxão de cabelo na morena.

- SUA FILHA DA PUTA, NUNCA MAIS XINGUE MINHA MÃE DESSE JEITO - A loira empurrou Dahyun fazendo ela cair sentada no chão. Lisa se aproximou da mulher e voltou a puxar os cabelos de Dahyun arrastando ela até a porta - SAI, SAI DAQUI - Lisa empurrou Dahyun pra fora de casa fazendo a morena cair novamente mas dessa vez na grama que tinha no quintal de casa.

- Lisa, você é louca???? - Lisa fechou a porta com força e veio até mim com fúria nos olhos.

- Você não é mais a minha irmã. deixou que ela falasse essas coisas pra mamãe como se mamãe realmente fosse uma vagabunda.

- Deixe ela, Lisa - Mamãe respirou fundo enquanto chorava do meu lado - Momo, por favor. Vai embora, suas coisas já estão no carro.

- Vai se fuder, tudo isso só porque eu tô namorando com a garota que vocês não gostam. Quem tem que gostar dela sou eu. Eu que beijo ela, eu que fico com ela, EU QUE COMO ELA, PORRА.

- VOCÊ É UMA IDIOTA DO CARALHO, EU ESPERO DE VERDADE QUE VOCÊ SE FODA COM ELA.

- Vai se fuder, Lalisa. Você sabe muito bem que eu e a Nayeon nunca tivemos nada, você sabe.

- Como assim? - Mamãe me olhou com curiosidade, ela sabia que eu estava escondendo algo.

- Momo usou a Nayeon pra tomar a empresa do papai.

- Momo? O que...isso é verdade? - Ela tinha esperanças no olhar, ela queria acreditar que aquilo era mentira, mas não era.

- Mamãe...

- Saia da minha casa, Momo.

- Mas, mãe...eu-

- SAIA DA MINHA CASA, NÃO QUERO VOCÊ AQUI NUNCA MAIS. ME ENTENDEU?

-  EU FIZ A PORRA DE UM ACORDO COM A NAYEON PRA ELA ME AJUDAR A CONQUISTAR A EMPRESA PRA MIM AJUDAR VOCÊ E A LISA. A NAYEON ACEITOU A PROPOSTA DE FINGIR SER MINHA NAMORADA, MAS ELA SE APAIXONOU E EU NÃO. NÃO É CULPA MINHA SE A NAYEON É FÁCIL DE SE APAIXONAR - Logo depois que eu terminei a minha frase senti minha bochecha arder e meu rosto ir com tudo pro lado. Levei minha mão até minha bochecha que provavelmente estava vermelha e voltei a olhar para minha mãe que havia acabado de me dar um tapa na cara.

Sim, ela me deu um tapa.

- Você...você me bateu? - Seus olhos inchados pelo choro não escondiam sua decepção por mim.

- Por favor, saia daqui - Assenti algumas vezes e olhei para Mamãe e Lisa que estavam abraçadas após eu ter levado o tapa.

- Vocês irão se arrepender. Tudo que eu tô fazendo é por vocês, vocês deveriam me escutar ao invés de me julgarem - Virei de costas para elas e caminhei até a porta - Tenham um bom dia - Saí da minha antiga casa batendo a porta.

Além de estar com um dor de cabeça pela bebida, eu ainda briguei com a minha família por conta de uma empresa idiota do meu pai.

Não estou fazendo essas coisas por mim e sim pelas duas.

Mas elas não enxergam isso.

- Amor...- A mulher me abraçou ao me ver saindo da casa da mamãe, abracei ela de volta e pude notar alguns arranhões em seu braço.

- O que foi isso? - Peguei seu braço com cuidado e beijei sua mão com delicadeza.

- Me machuquei na grama quando Lisa me empurrou. Está doendo - Respirei fundo e beijei sua testa enquanto sorria de canto.

- Vou alugar um hotel pra gente morar por enquanto. Agora somos apenas eu, você e Dayeon.

A Stripper | NaMo G!PWhere stories live. Discover now