Quando Gabigol está em uma má fase, tanto na vida profissional como na vida pessoal e amorosa. E no meio ao caos, ele cria sentimentos pela babá da filha dele.
🚨 Atenção: O capítulo de hoje terá um assunto muito pesado e sensível sobre abuso. Caso, se sintam mal ou seja um gatilho, não leia.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Fazer terapia é incrivelmente bom. Em pleno sábado de manhã, estou indo para mais uma consulta com a Thamires.
Esse fim de semana, não teremos jogos, foi adiado por conta de uma tragédia no Rio Grande do Sul. Então, aproveitando que não preciso me concentrar para nenhum jogo, vim para a psicóloga do clube.
Ao entrar na sala dela, juntamente com meu caderninho, ela me olha e levanta a sombrancelha, mostrando estar confusa.
- Eu só posso estar sonhando... – dá um leve tapa no rosto dela. - Perai, o Gabriel realmente veio em pleno sábado de manhã, conversar comigo? – me olha ainda desconfiada.
- Vim mesmo. – dou risada da reação dela, e me sento na cadeira em frente a mesa dela. - Duas vezes essa semana, foram poucas.
- Vivi para ouvir você falando isso. – ela abre um enorme sorriso. - Tô feliz de verdade por você está gostando de vim conversar comigo. E mais ainda, por ver, que você já tá diferente daquele Gabriel que apareceu aqui da primeira vez.
- Porra, definitivamente não sou mais aquele Gabriel que apareceu aqui da primeira vez. – sorrio ao reconhecer minha mudança. - Aquele Gabriel machucava as pessoas, na real, aquele Gabriel estava muito machucado. Hoje, além de eu estar feliz, eu consigo fazer as pessoas em minha volta também felizes.
- É isso aí, meu garoto. – ela dá uma risada. - Tá, esqueci que agora eu tô na skin psicóloga e preciso estar séria. – desfaz o sorriso, e faz tentativa falha de séria.
- Conseguiu muito estar séria. – rio dela. - Mas é sério, tu me ajudou pra caralho. Hoje, consigo tratar a minha morena de um jeito incrível e que ela mereça ser tratada.
- Gabriel essa mudança é graças a você. Você quis mudar, procurou ajuda, então agradeça a si mesmo. – ela sorri. - E é bom demais, ver você feliz após tudo aquilo.
- Tô feliz demais. – sorrio para ela. - Essa semana começamos a tirar todas as coisas do meu quarto, para começar uma nova reforma. Pra se caso a Jeniffer quiser, a gente mudar de quarto, ir para um maior e mais bonito.
- É isso aí. Tire tudo que te lembre os momentos tristes e de crises que passou lá. Crie memórias boas naquele quarto, e todo aquele vazio, todo aquele sentimento ruim, vai sair de lá. – ela diz sorrindo e eu assinto. - E como tá a vida profissional? – pergunta interessada em saber, mesmo já sabendo sobre.
- Tá melhorando. Aos poucos, vai melhorar mais. – sorrio. - Eu acho foda que quando uma parte da minha vida começa a andar, todas as outras também andam. Consigo fazer tudo com mais vontade, com mais atenção. Tá tudo indo bem. Até demais pra ser verdade.
- As coisas vão melhorar, Gabriel. Claro, vai ter momentos ruins, momentos de estresses, nem tudo dar certo sempre, nem sempre temos momentos e dias bons, mas com paciência, e com vontade, você vai passar por cada fase ruim. – ela sorri.
