Cap.66, cap.67. cap.68, cap.69

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cap.66: hora de partir.

Lilith e Brady estavam apreensivos enquanto Cassius decidia sobre a melhor decisão a tomar nessa partida para levar Braston. Os dois, assim como Ayrlon, tinham algo que os incomodava.

— Qual a situação? — perguntou Ayrlon, tenso.

— Bom... — Lilith virou o laptop, mostrando as câmeras em torno do apartamento de Brady. — A situação é essa: se a gente não desligar o sistema de segurança e de espionagem, o que estamos fazendo vai se virar contra a gente — avisou Lilith enquanto percebiam homens no estacionamento do apartamento, como também um homem especializado em computação tentando invadir o sistema do prédio para ter acesso ao andar onde ele poderia ter acesso à área de pesquisa de Brady e Lilith.

— Todos esses protótipos podem ser usados por eles — Brady explicou, apreensivo. — A tecnologia que eu e Lilith criamos pode até mesmo servir para descobrir com facilidade que alguém de fora do sistema aéreo está conseguindo liberar voos sem levantar suspeitas. A cada vôo legal, Filipe consegue registrar em seguida um vôo para que a gente consiga entrar e sair. Mas se eles descobrirem esses protótipos, assim como a sala de pesquisa e as câmeras que estão ligadas aos computadores de Filipe, eles podem acabar com nossos planos.

— Quanto tempo eles levam para conseguir invadir o sistema de segurança? — Ayrlon perguntou.

— Eles tentam todos os dias no mesmo horário, final de tarde. Nós vamos ter que ir lá. Não dá para ficar reforçando o sistema a cada vez que eles tentam invadir. Isso não vai durar para sempre, e Cassius também não pode saber que temos um sistema de monitoramento do que Filipe está fazendo. Como vamos contar a ele que não confiávamos no menino cem por cento? — Brady questionou, se sentindo culpado.

— No final... — Lilith suspirou com seriedade. — Parece que quem está traindo nossa confiança está de fora — comentou ela, pensativa.

— Está feito — Brady concluiu. — Quando voltarmos da viagem, nós quatro vamos até o apartamento e desativar qualquer sistema ligado à sala de observação em que Filipe monitora.

Enquanto isso, Cassius estava reunido com Kaleu e Ramis.

— Você vai fazer isso — Cassius anunciou com frieza no olhar. — Quando chegarem na Rússia, quero que voltem apenas vocês dois. Levem Braston com segurança. Os mais jovens devem ficar lá. Eu não quero nenhum dos meus filhos aqui. Se Laysa não quer ir, tudo bem, mas os mais novos, nenhum deles deve voltar.

— Lilith também? — Ramis perguntou com as sobrancelhas erguidas.

— Sim, ela e Brady — Cassius confirmou. — Mas não diga nada a eles. Apenas minta sobre a data de partida e deixe-os se distraindo com a família de Ayrlon. Leve Lilith para ver o bebê de Leydi e deixe-os para trás assim que conseguir distraí-los.

— Ela nunca vai me perdoar se eu fizer isso — Ramis resmungou, apreensivo.

— É isso ou ver eles correndo risco — Cassius asseverou. — Você viu, Braston quase morreu. Ofelio não quer negociar, ele quer matar cada um de nós como animais. Mas ele esqueceu que também fazemos isso.

O plano era que na cidade não ficasse nenhum dos herdeiros. E assim seria.

Finalmente, o momento de Braston ser levado havia chegado. Uma comitiva de médicos, além de Nate, seguia viagem, assim como os filhos deles.

Dessa vez, Cassius teria que ter mais cuidado. A aeronave não partiria de uma pista de pouso padrão, mas da pista de voo da mansão dele, o que poderia ser mais arriscado. Filipe, por sua vez, estava se mantendo atento a cada mudança no sistema sobre o voo deles.

Cassius. vol.4 A queda das potências. Ato fina.Onde histórias criam vida. Descubra agora